Dona da casa alugada onde Érika morava relata últimas horas antes do crime brutal

RDNews

A proprietária da residência em que vivia a estudante de Medicina Érika Corte de Lima, 29 anos, afirmou que a jovem não demonstrava ter nenhum tipo de conflito com outras pessoas. A mulher relatou ainda que a universitária era considerada uma pessoa querida e que, pouco antes do crime, ouviu barulhos de gargalhadas da mato-grossense.

Érika é mato-grossense, de Barra do Garças. Ela é filha do ex-prefeito de Pontal do Araguaia (a 520 km de Cuiabá), Raniel Corte. A jovem morava em Pedro Juan Caballero, no Paraguai, para fazer faculdade.

Conforme a polícia local, ela foi atingida por, ao menos, 16 golpes de facas, na madrugada desta segunda (20). Ela também teria sido violentada. A jovem dividia a casa com outra estudante, que estava trabalhando no momento do crime.

Segundo a comerciante paraguaia Cristina Benítez, proprietária da residência em que a brasileira vivia há um ano, Érika nunca teve nenhum tipo de problema com moradores da região. “Eu não a via o tempo todo, mas pelo que sei, ela nunca se envolveu em nenhuma briga ou algo do tipo”, disse à rádio local Império FM.

Cristina afirmou que nunca havia presenciado nenhuma briga envolvendo a jovem. “Nunca houve nenhum rastro de violência antes. Quando soube da morte dela, pensei: como fizeram isso? Foi uma surpresa. Isso me deixou muito mal, porque ela era como se fosse da minha família”.

A residência de Cristina é próxima à casa que alugava para a brasileira. A comerciante relatou que viu Érika na tarde do último domingo (19), horas antes de a jovem ser assassinada. “Ela estava brincando com um cachorro, em frente à casa em que morava. Uma conhecida até foi conversar com ela sobre o animal”, disse.

Horas depois, a paraguaia comentou que chegou a ouvir risadas de Érika, vindas da residência em que a brasileira morava. “Ela era estudante, então sempre trazia amigos para estudar e eles ficavam por aqui”.

No dia seguinte, ela soube da morte da inquilina. “Não há nada que possa falar que ela tenha feito para que isso acontecesse. Nada”, declarou.

O principal suspeito

A comerciante paraguaia também comentou sobre o eletricista paraguaio Christopher Andrés Romero, 27 anos, considerado o principal suspeito da morte da mato-grossense. Ela disse que havia solicitado, em meses anteriores, o serviço do homem. “Ele arrumou o meu chuveiro. Mas depois disso, não nos falamos mais”, comentou. Christopher já foi preso e denunciado pelo crime pelo Ministério Público paraguaio.

Conforme Cristina, o rapaz chegou a passar por sua casa, como se fosse em direção à residência de Érika, na data da morte da brasileira. As informações iniciais apontam que o suspeito teria ido à casa da estudante para arrumar o chuveiro.