Briga por herança motivou tiroteio; empresário passa por cirurgia

O empresário Vinicius Schoffen, de 36 anos, que levou dois tiros durante uma discussão no meio da rua em Marcelândia, passou por cirurgia na manhã desta quarta-feira (2) e segue internado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) de um hospital em Sinop. 

Nesse momento, Vinicius foi até seu caminhão, pegou uma espingarda calibre 12 e disparou contra Max. Ele deu cinco disparos, mas não acertou

 

Conforme apurado pela reportagem, apesar de um dos tiros ter atingido a região da clavícula e se alojado no pescoço, a vítima está estável e não corre mais perigo.

  

A principal linha investigativa é que o crime tenha sido motivado por uma disputa por herança. Um dos familiares briga para que a partilha de bens seja feita com o pai ainda em vida. 

 

O caso, que chocou a pacata cidade de pouco mais de 11 mil habitantes, aconteceu na manhã de terça-feira (1º), em frente à padaria Ki Pão, no bairro Tupy.

 

Tanto Vinicius quanto seu rival estavam armados e trocaram tiros. No entanto apenas Vinicius ficou ferido.

 

O crime foi gravado por uma câmera de segurança da padaria, que captou parte da ação, além do desespero e da correria das funcionárias do estabelecimento.

 

O também empresário, identificado como Máximo Quirino dos Santos, de 51 anos, acusado de ter balaedo Vinicius, segue foragido da Polícia. Buscas estão sendo realizadas para localizá-lo.

 

A Polícia da cidade apreendeu a arma usada por Vinicius, uma espingarda calibre 12, além de diversas armas e munições na casa do rival.

 

Vinicius é proprietário rural e já foi dono de uma madeireira na cidade. Máximo, por sua vez, é proprietário de uma empresa mecânica de bombas injetoras.

 

Motivação e dinâmica

 

A principal linha investigativa da Polícia é que o crime tenha sido motivado por causa de dinheiro, mais especificamente a partilha de bens do pai de Vinicius.

 

Reprodução

Máximo Quirino dos Santos

Máximo Quirino dos Santos, que está sendo procurado

Segundo o capitão Pulquério, comandante da Polícia Militar de Marcelândia, a principal hipótese é que, após o novo casamento do patriarca, seus filhos ficaram em lados opostos.

 

De um lado, em desacordo com a nova união, um dos filhos do patriarca exigia a divisão dos bens do pai, ainda em vida, conforme o PM. Vinicius discordou, dando início ao conflito.

 

“O outro filho, com a ajuda de Máximo, que é testemunha [no processo], conseguiu bloquear todos os bens do pai na Justiça, o que deu início à briga”, explicou o comandante.

 

Não concordando com o bloqueio dos bens, Vinicius começou a se desentender com o irmão e Máximo.

 

“Já haviam ocorrido brigas anteriores, há mais de 30 dias. Estamos sabendo disso agora, pois não tinha chegado ao conhecimento da Polícia”, afirmou o comandante.

 

Na manhã da troca de tiros, os dois desafetos se encontraram em frente à padaria, por volta das 9h, e se desentenderam, começando a discutir e a trocar empurrões.

 

“Nesse momento, Vinicius foi até seu caminhão, pegou uma espingarda calibre 12 e disparou contra Máximo. Ele deu cinco disparos, mas não acertou”, relatou o policial.

  

Em seguida, o suspeito revidou os disparos e acertou Vinicius duas vezes. “Um tiro atingiu a região torácica, que não representa risco, e outro atingiu a clavícula, subindo em direção ao pescoço.”

 

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