Veja resgate de trabalhadores condenados à morte por facção

A Polícia Militar de Sinop resgatou um grupo de seis trabalhadores que haviam sido sequestrados por membros de uma organização criminosa da cidade, no último final de semana. Ao menos dois já haviam sido sentenciados à morte.

A todo momento, eles nos ameaçavam, dizendo que iam cortar o pescoço da gente, fazer isso, fazer aquilo, que já estava sentenciados

 

A operação contou com troca de tiros e perseguição, que resultou na prisão de três homens envolvidos no crime. Outros dois conseguiram fugir.

 

O tenente-coronel Pedro Miguel de Sousa, comandante do 11º Batalhão de Polícia Militar, explicou que o grupo pensava que os trabalhadores pertenciam a uma organização criminosa rival. 

 

As vítimas estavam amarradas quando foram encontradas e já haviam sido interrogadas (veja o vídeo ao final da matéria).

 

“Uma ocorrência inusitada de sequestro de trabalhadores de outras regiões, de outros estados, que estavam aqui em Sinop, morando em uma residência do Bairro Bom Jardim”, disse o comandante.

 

Uma das vítimas relatou os momentos de terror que vivenciou: “Estávamos aqui no alojamento jantando, quando de repente eles chegaram, cerca de uns 10 peões, mandaram todo mundo entrar na casa e começaram a fazer perguntas”, disse a vítima.

 

“Chegaram a nos bater. A todo momento, eles nos ameaçavam, dizendo que iam cortar o pescoço da gente, fazer isso, fazer aquilo, que já estava sentenciados”, completou.

 

Segundo o comandante, conforme apurado, os criminosos mantiveram contato com alguém de fora e, ao menos, duas vítimas já estavam sentenciadas à morte.

 

“Fomos surpreendidos com disparos de arma de fogo, e os policiais, temendo por sua vida, imediatamente efetuaram disparos. Dois suspeitos conseguiram fugir e nós conseguimos prender três pessoas que estavam dentro da residência”, disse o comandante.

 

O trio preso pelos policiais tem diversas passagens criminais por roubo, tráfico de drogas e furto.

  

“Conseguimos libertar os reféns, as pessoas que estavam amarradas, que provavelmente seriam executadas pela organização criminosa”, concluiu.

 

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