Presidente da 3ª Subseção da OAB em Cáceres viola princípios democráticos engavetando requerimento

Em um gesto polêmico e que levanta questões sobre a transparência no processo eleitoral, Cibeli Simões, atual presidente e candidata à reeleição da 3ª Subseção da OAB/MT em Cáceres, engavetou uma solicitação formal para inclusão de membros da chapa adversária no grupo de WhatsApp institucional destinado à Jovem Advocacia. O pedido, realizado pela advogada Ana Rosa Lobo Job, visava garantir igualdade de acesso às discussões e informações veiculadas no grupo, promovendo a democracia e a transparência no período de campanha. A atitude de Simões é vista como um abuso de poder, prejudicando a isonomia necessária em disputas eleitorais e limitando a participação democrática de outras chapas na subseção.

A importância do pedido arquivado vai além de uma simples solicitação de ingresso em um grupo de comunicação. No contexto eleitoral, a inclusão de todos os candidatos e seus respectivos apoiadores em espaços institucionais de troca de informações é essencial para assegurar a transparência e a equidade do processo. Grupos como o da Jovem Advocacia da OAB são meios de disseminação de informações relevantes para os advogados e advogadas em início de carreira, influenciando diretamente na formação de opiniões e na conscientização sobre as diretrizes e propostas das chapas concorrentes.

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O arquivamento desse pedido levanta sérias preocupações sobre a falta de compromisso com os princípios democráticos e a igualdade de condições entre os candidatos. Ao engavetar o requerimento, a presidente Cibeli Simões dificulta o acesso da chapa adversária a informações essenciais e reduz as possibilidades de debate e exposição das ideias de todos os participantes da eleição. Esse tipo de atitude pode enfraquecer o processo eleitoral, pois limita a pluralidade de opiniões e o direito de participação plena dos membros da advocacia na subseção.

Além disso, a ação de arquivar o pedido reflete um abuso de poder político, pois utiliza de maneira inadequada uma posição de autoridade para impor barreiras a concorrentes, minando a legitimidade do processo. A prática é vista como uma tentativa de manter uma vantagem desleal ao bloquear o acesso de adversários a um canal de comunicação institucional e estratégico, que deveria ser usado para promover a transparência e a igualdade de condições entre todos os participantes.

Este comportamento não só fere os valores da Ordem dos Advogados do Brasil, como também afeta a credibilidade da instituição perante seus membros e a sociedade. A OAB é uma entidade que historicamente defende a democracia, a justiça e a isonomia, e atitudes que vão contra esses princípios podem desestabilizar a confiança dos advogados e advogadas na lisura do processo eleitoral da subseção.



Estadão MT