Operação da PF também mira advogados e servidores da Justiça
A Operação Sisames, deflagrada nesta terça-feira (26) contra os desembargadores Sebastião de Moraes e João Ferreira Filho, cumpre ao todo um mandado de prisão preventiva e 23 de busca e apreensão em Mato Grosso, Pernambuco e Distrito Federal.
Não há informação sobre quem é o alvo do mandado de prisão.
A ação da Polícia Federal apura supostos crimes de organização criminosa, corrupção, exploração de prestígio e violação de sigilo funcional.
As investigações apontam para um suposto esquema de venda de decisões judiciais, envolvendo advogados, lobistas, empresários, assessores, chefes de gabinete e os magistrados.
De acordo com as apurações, os investigados solicitavam valores para beneficiar partes em processos judiciais, por meio de decisões favoráveis aos seus interesses.
Também são investigadas negociações relacionadas ao vazamento de informações sigilosas, incluindo detalhes de operações policiais.
As determinações foram expedidas pelo Supremo Tribunal Federal, para onde todas as investigações sobre venda de sentença foram direcionadas.
O STF ainda determinou medidas cautelares como instalação de monitoramento eletrônico, afastamento das funções públicas de servidores e membros do Poder Judiciário, sequestro, arresto e indisponibilidade de bens e valores dos investigados.
O nome da operação faz referência a um episódio da mitologia persa, durante o reinado de Cambises II da Pérsia, que narra a história do juiz Sisamnes. Ele teria aceitado um suborno para proferir uma sentença injusta.