Mendes nega erros na gestão, mas diz haver ineficiência na PCE

O governador Mauro Mendes disse que não houve erros da gestão de segurança pública no estado, mas admitiu que uma ineficiência na Penitenciária Central do Estado e que por isso foram necessárias mudanças.

Temos hoje um dos melhores sistemas prisionais do país […], entretanto, há uma ineficiência na gestão [da PCE]

“Não houve erros, tínhamos um ‘timing’ de fazer uma série de mudanças. Temos, hoje, um dos melhores sistemas prisionais do país, reconhecido por diversas autoridades federais, entretanto, há uma ineficiência na gestão [da PCE]”, disse.

“Nos últimos meses, determinei que fossem feitas batidas lá semanalmente em busca de celulares que entraram indevidamente, encontramos 50, 60, 70 celulares”.

“Isso é claro que foi por erro, falhas operacionais na condução do presídio, por isso estamos fazendo mudanças e criando uma Secretaria de Justiça como uma das estratégias, para que haja um foco específico na condução do nosso Sistema”, completou o governador.

Mendes anunciou nesta semana o programa “Tolerância Zero ao Crime”, em que o Governo fará diversas medidas para coibir o crescimento das facções criminosas no Estado e a criação da Secretaria de Estado de Justiça, pasta que terá como foco o combate ao crime organizado.

No ‘combo’ de mudanças na área da segurança pública, na última sexta (22) o coronel Alexandre Mendes anunciou sua saída do comando-geral da PM. Mendes declarou que ele mesmo comunicou o coronel sobre a troca de comando, negando qualquer diálogo áspero entre os dois.

“É uma mudança que foi planejada e que está sendo executada”. Sobre a ausência do coronel no evento, Mauro informou que ele está em viagem.

O novo nome para o comando da PM ainda não foi anunciado. Segundo Mendes, a escolha será comunicada ainda esta semana.

“Basta”

O governador afirmou também que ficar sabendo que a ordem para a execução de duas irmãs, Rayane Alves Porto e Rithiele Alves Porto em setembro deste ano, por uma facção criminosa partiu dentro da PCE foi o momento que o levou a dar um “basta” e a começar a organizar essas novas medidas para a área da segurança pública.

“A partir do dia que recebemos a noticia de que a ordem para a execução de duas garotas partiu de dentro da PCE, ali foi um basta. Começamos ali a organizar novas estratégias”, afirmou.