Mato Grosso cumpre 100 mandados de prisão por mês, mas ainda tem 43 mil em aberto

Olhar Direto

O delegado Flávio Stringueta, do Serviço de Polícia Interestadual (Polinter) em Mato Grosso, afirmou que no Estado ainda há 43 mil mandados de prisão em aberto. De acordo com o delegado, a maioria destes mandados são muito antigos e alguns provavelmente já venceram. No Banco Nacional de Mandados de Prisão (BNMP), por exemplo, são encontrados cerca de 9.600 mandados. Por mês, em média, são cumpridos 100 mandados de prisão.

O número é alto, mas o delegado Stringueta explicou que muitos destes mandados são muito antigos e que alguns provavelmente já venceram. Não temos como ficar garimpando tudo, a não ser que haja uma decisão determinando a prioridade”, disse o delegado.

Em 2018 a Polinter já cumpriu 301 mandados de prisão. Somando com todas as unidades de Mato Grosso, ele afirma que foram cumpridos 633. Em 2017, no total, foram cumpridos 1.544 mandados.

Na Polinter, que atua em Cuiabá e Várzea Grande, existem três equipes que ficam responsáveis pelo cumprimento. Quando chegam mandados a serem cumpridos no interior do Estado ele é encaminhado às delegacias locais.

“Assim que recebemos o mandado ele é encaminhado a uma equipe que já inicia as diligências, quando a pessoa não é encontrada o juiz tem que ser informado, então tem alguns processos burocráticos”, explicou Stringueta.

De acordo com o delegado, a taxa de cumprimento de mandados tem crescido a cada ano, graças à tecnologia. Ele afirma que em média são cumpridos 100 mandados de prisão por mês.

“Há três anos eram cumpridos menos de 100 mandados por ano. Hoje é mais fácil por que o nosso acesso às informações melhorou. A dificuldade é que muitas destas pessoas são flutuantes, estavam de passagem pelo estado ou pela cidade, aí não conseguimos encontrá-los”.

A Polinter toma conhecimento dos mandados pela Justiça, mas também acabam encontrando alguns criminosos com auxílio de denúncias.

“Recebemos denúncias das mulheres vítimas de violência doméstica, quando há falta de pagamento de pensão também a mulher informa, ou ás vezes o desafeto da pessoa também denuncia”.