Menor que matou trans vestia roupa de açougueiro e filmou crime
O adolescente de 17 anos que matou a facadas a cabeleireira Bianca Castyel, de 20 anos, na última quinta-feira (19), em Água Boa (623 km a nordeste da Capital), vestiu uma roupa de açougueiro para cometer o crime e filmou toda a ação.
O que chama mais atenção, para mim, neste caso, é o perfil de psicopatia desse jovem
Conforme apurado pela reportagem, o menor, que foi apreendido no domingo (22), teria gravado o vídeo em seu celular. A suspeita é que ele tenha pegado a vestimenta no açougue onde trabalhava.
A descoberta ocorreu após pedido de quebra de sigilo telefônico feito pelo delegado de Polícia Civil, Matheus Soares Augusto, responsável pelo caso.
“O que chama mais atenção, para mim, neste caso, é o perfil de psicopatia desse jovem. Trata-se de um jovem com perfil criminoso altíssimo, que praticou um crime premeditado, um crime com grau de crueldade elevado”, disse o delegado em uma entrevista ao noticiário local.
“Demonstra um grau de desconformidade muito grande com a realidade. É um perfil que nos assusta, é uma pessoa realmente perigosa. As autoridades precisam, a partir de então, acompanhar de perto, porque é um risco à sociedade a liberdade desse adolescente”.
De acordo com a Polícia, o adolescente teria chamado um amigo para participar, mas ele negou. Na investigação ainda foi revelado que o autor do crime mantinha, há um tempo, relacionamento com a vítima.
Na noite do ocorrido, ela enviou uma foto deles juntos para as amigas e depois tiveram relações sexuais. Após isso, o menor a estrangulou e em seguida desferiu as 22 facadas entre o peito e cabeça da vítima.
Depois do crime, segundo a Polícia, ele voltou para casa. No dia seguinte, foi ao trabalho e até realizou uma viagem com sua família.
Além do pedido de quebra de sigilo telefônico, também foram cumpridas contra o adolescente busca e apreensão domiciliar e internação provisória.
O caso segue sendo investigado.
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