Júlio diz que auxílio de fim do ano do Judiciário foi exagerado
O deputado estadual Júlio Campos (União) classificou como “exagerado” o auxílio-alimentação de R$ 10 mil que o Tribunal de Justiça (TJ-MT) disponibilizou aos magistrados e servidores em dezembro.
Achei um pouco exagerado. Não sou contra dar uma gratificação de fim de ano para servidor público, mas dessa vez houve um pouco de exagero
Para ele, o valor do auxílio – que ficou conhecido como vale-peru – não deveria ultrapassar R$ 3 mil.
O benefício foi publicado no Diário do Tribunal em 18 de dezembro, mas o corregedor nacional de Justiça, ministro Mauro Campbell Marques, o considerou uma “desconfiguração” da rubrica. Ele suspendeu o pagamento e notificou a presidente do TJMT, Clarice Claudino, a prestar esclarecimento sobre a administração orçamentária.
“Achei um pouco exagerado. Não sou contra dar uma gratificação de fim de ano para servidor público, mas dessa vez houve um pouco de exagero”, disse Júlio ao Jornal do Meio-Dia, da TV Vila Real.
“Se fosse uma verba de até R$ 3 mil, a sociedade entenderia, mas R$ 10 mil foi exagerado”, acrescentou.
Júlio, porém, defendeu a verba indenizatória (V.I) de R$ 65 mil paga aos deputados todo mês. Segundo ele, o valor corresponde aos gastos das funções exercidas.
“Essa decisão de dar uma V.I a mais surgiu de um encontro na União Nacional dos Legisladores e Legislativos Estaduais [Unale] do Rio de Janeiro em que as Assembleias de todo o Brasil demonstraram as vantagens de cada deputado”, disse.
“Alguns Estados tem VI maior. Aqui é de R$ 65 mil para manter toda a estrutura política e partidária: viajar ao interior, a Brasília, dar assistência ao eleitor… Para parlamentares que não fazem viagens ou atendimentos, pode até ser exagerado, mas a Câmara, o Poder Judiciário, o Ministério Público e o Poder Executivo também têm o benefício. O mais transparente é o Legislativo, que divulga o que ganha”, completou.