Abilio cita “rombo” mensal de R$ 650 mil e quer romper contrato

O prefeito Abilio Brunini (PL) afirmou que quer romper o contrato com a empresa CS Mobi Cuiabá, responsável por operar o estacionamento rotativo na Capital.

 

Isso está errado, a gente não aceita isso. Queremos trabalhar para romper esse contrato

Em entrevista à rádio CBN Cuiabá nesta quarta-feira (15), ele disse que a medida seria necessária pois a Prefeitura estaria repassando cerca R$ 650 mil por mês para a empresa.

 

Conforme o contrato, a Prefeitura deve repor para a empresa valores arrecadados a menos que o previsto,

 

“Se as pessoas não estacionam, a gente paga. A empresa ganha de todo jeito, com o estacionamento ocupado ou não. E agora sobe para R$ 950 mil esse ano”, afirmou.

 

“Isso está errado, a gente não aceita isso. Queremos trabalhar para romper esse contrato. Se essa empresa continuar com essas medidas, com essas ações, nós vamos trabalhar para romper”, disse.

 

O estacionamento rotativo funciona em Cuiabá desde fevereiro do ano passado, cobrando R$ 3,40 por hora para carros e R$ 2 por hora para motos. Nos fins de semana e feriados o estacionamento é gratuito.

 

Abilio afirmou que no ano passado a CS Mobi arrecadou R$ 250 mil das pessoas que estacionavam no local e a Prefeitura de Cuiabá foi quem teve que pagar a diferença de R$ 650 mil.

 

O prefeito ainda relatou que a empresa entrou com uma ação na Justiça para tentar bloquear R$ 9 milhões dos cofres públicos para receber.

 

“Não podemos admitir que a gente tenha que desembolsar recursos públicos que poderiam ir para Saúde, Educação, para pagar para um estacionamento que eles mesmo cobram da população e aplicam multa”, disse.

 

Irregularidades

 

Pensando em romper com a empresa, o prefeito afirmou que no contrato assinado pela gestão do ex-prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) existe outras irregularidades.

 

Uma delas é que o pagamento da empresa está vinculada ao repasse do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) que a Prefeitura de Cuiabá recebe do Governo Federal.

 

“Tem margem [para romper] e nós vamos trabalhar para isso. Estamos estudando todos os erros, todas as falhas e vamos sentar com essa empresa e falar ‘não é assim, não, tem prefeito aqui e acabou a ingerência que ocorria aqui’’.

 

 



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