Entidade: MT é o 3º estado com mais mortes de pessoas LGBT+

Mato Grosso registrou 24 mortes violentas de pessoas LGBT+ e se tornou o terceiro estado brasileiro com o maior número de crimes contra gays, lésbicas e pessoas trans no ano de 2024, segundo dados do Dossiê do Grupo Gay da Bahia (GGB).

 

O Estado fica atrás apenas de São Paulo e Bahia, com 53 e 31 casos, respectivamente.  

O estudo foi divulgado pelo Observatório GBT, que realiza o levantamento de crimes LGBTfobicos desde o ano de 1980.

Os 24 casos contabilizados entre janeiro e dezembro representam um aumento de 380% nas ocorrências em comparação ao ano de 2023, quando houve 5 mortes violentas.

Ainda de acordo com o levantamento, Cuiabá também apresentou um aumento no número de crimes contra LGBT+ e se tornou a capital mais letal para essa população no país, em números relativos, com cinco mortes registradas ao longo do ano.

Com o aumento no número de casos letais de violência contra o grupo no Estado, o Observatório responsável pelo estudo emitiu alerta e cobrou a realização de políticas públicas para minimizar a ocorrência de mortes LGBTFóbicas em MT.

 

“Igualmente preocupante e clamando por imediatas políticas públicas eficazes que estanquem a mortandade da população LGBT+ é o caso de Mato Grosso. Com uma população quase 5 vezes inferior à de Minas Gerais, o estado registrou 24 mortes LGBTFóbicas, duas a mais que o estado mineiro, que teve 22 sinistros”, diz trecho do documento.

 

Casos de repercussão

Entre os casos de maior repercussão em Mato Grosso, destaca-se a morte do jovem Edson Diego dos Santos, de 18 anos. O jovem foi encontrado quatro dias após desaparecer na cidade de Nova Olímpia (215 km de Cuiabá).

Durante investigações, quatro pessoas foram presas acusadas de torturarem e matarem Edson. Segundo o Ministério Público Estadual, o crime foi motivado pelo fato de a vítima ser homossexual.

Ainda em 2024, a morte da atriz trans e suplente de vereadora Santorsa, de 27 anos, ganhou repercussão nacional. Ele foi encontrada decapitada em uma área de mata, na cidade de Sinop (481 km de Cuiabá).

A morte da cabeleireira trans Bianca Catyel, de 20 anos, também repercutiu. A jovem foi encontrada morta na residência em que morava na cidade de Água Boa (625 km de Cuiabá).

Investigações apontaram que o responsável pelo crime foi um adolescente de 17 anos, que a matou após manterem relação sexual. O jovem se vestiu de açougueiro e assassinou a mulher trans a facadas.

Já a influencer Thayla Santos de Souza, de 24 anos, foi encontrada morta em uma rua do Zero KM, em Várzea Grande, após ser dada como desaparecida por três dias.

Testemunhas afirmaram que a última pessoa com quem Thayla teve contato foi um cliente.

 

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