Max Russi quer mais rigor do Estado contra consórcio por atraso em obras do BRT
Prestes a assumir a presidência da Assembleia Legislativa (ALMT), o deputado estadual Max Russi (PSB) pede mais rigor do Estado em relação ao Consórcio BRT, que está atrasado na execução das obras do novo modal. Max destacou que as obras causam transtornos aos motoristas das duas maiores cidades do estado, Cuiabá e Várzea Grande, e que é papel do Estado encontrar meios de exigir o cumprimento do cronograma, assim como a responsabilização das empresas. Russi fez a declaração na manhã desta quarta-feira, 22 de janeiro.
“Fiscalizar, cobrar, infelizmente realmente está atrasado, não está contento, atrapalha o nosso trânsito, não era isso que nós esperávamos e a população tem cobrado isso, tem criticado bastante. Acho que o governador, o secretário, tem tomado providência. Esperamos que seja mais enérgico, tome ainda mais e multa empresa, enfim, faça tudo aquilo que a legislação permita para que realmente seja cumprido o cronograma”, disse o deputado.
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A responsabilidade pelos atrasos se tornou um jogo de empurra-empurra. Há poucos dias, o governador Mauro Mendes (União Brasil) criticou o consórcio durante uma entrevista à Jovem Pan, pontuando seu descontentamento com o andamento das obras. Em resposta, o consórcio emitiu uma nota responsabilizando o Governo do Estado pelos atrasos.
O consórcio pontuou alterações e irregularidades no projeto do Governo e demora dos órgãos responsáveis em emitir licenças necessárias para a realização das obras. Uma dessas teria sido emitida pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) mais de oito meses após a data prevista para entrega das obras.
A previsão é que o BRT fosse entregue aos mato-grossenses em outubro do 2024. Agora, com os atrasos, a nova previsão é que o modal só esteja em funcionamento no final deste ano.
O novo meio de transporte é uma dor de cabeça que cuiabanos e mato-grossenses vivem há quase 15 anos. A modernização do transporte coletivo faz parte do pacote de obras da Copa do Mundo 2014, que teve Cuiabá como uma de suas sedes. Inicialmente, o novo modal seria o BRT, mas foi alterado para o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT). As obras foram iniciadas em 2012, com desapropriação de imóveis, destruição de árvores e um rasgo pelas principais vias de Cuiabá e VG.
A construção do novo modal consumiu mais de R$ 1 bilhão dos cofres públicos e nunca foi concluída. As obras foram interrompidas, tendo sua discussão retomada apenas quando o governador Mauro Mendes assumiu a gestão do Estado. Ele realizou estudos de viabilidade e apresentou a alteração do VLT para o BRT em dezembro de 2021.
O projeto do BRT conta com a construção de corredores exclusivos, o projeto contempla paradas, terminais, calçadas acessíveis, um Parque Linear na Avenida Rubens de Mendonça e a aquisição de ônibus movidos à eletricidade.
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