STJ manda soltar deputado federal eleito após dois dias
Olhar Direto
O Superior Tribunal de Justiça (STF) determinou a soltura do ex-ministro da Agricultura e deputado federal eleito, Neri Geller (PP), que estava preso desde a última sexta-feira (9). Ele é acusado de receber R$ 250 mil em propina para beneficiar a empresa JBS.
A determinação é do ministro Nefi Cordeiro que acatou o pedido da defesa do deputado federal eleito. A íntegra da decisão não foi divulgada até o momento.
O habeas corpus foi rotocolado na manhã de hoje pelo advogado Ricardo Monteiro e o ex-ministro pode ser solto ainda nesta noite. Ele esta detido na penitenciária Major Eldo Sá, conhecida como ‘Mata Grande’, em Rondonópolis.
Como não tem curso superior, o ex-ministro que a princípio foi levado para sede da Polícia Federal, precisou ser transferido para uma cela comum do presídio, onde está desde sábado (11).
Geller foi o quarto deputado eleito mais votado na eleição do último dia 7 de outubro com mais de 70 mil votos. Ele foi detido na Operação Capitu, deflagrada pela Polícia Federal, que também prendeu outras 18 pessoas no Distrito Federal, Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraíba e Mato Grosso.
Segundo a PF, os detidos estão envolvidos em um esquema de arrecadação de propina dentro do Ministério da Agricultura para beneficiar políticos do MDB, que recebiam dinheiro da JBS, que pertencem aos irmãos Joesley e Wesley Batista, em troca de medidas para beneficiar as empresas do grupo.
Ainda de acordo com as investigações, empresas doavam dinheiro para políticos e partidos. Duas grandes redes varejistas de Minas Gerais atuavam no esquema, por meio de seus controladores e diretores.