No MPF, prefeitura e DNIT apresentam projetos para conter alagamentos no Nova Barra; TAC será assinado em 15 dias
Secom-BG
A construção de um novo sistema de drenagem para o desvio do fluxo de água que desemboca na avenida Amazonas, provocando o alagamento de parte do Jardim Nova Barra Sul, foi a solução apresentada na tarde desta segunda-feira (12) pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), em audiência realizada no Ministério Público Federal (MPF).
Com a participação do prefeito Roberto Farias, o procurador da República, Guilherme Fernandes Ferreira Tavares, o superintendente do órgão em Mato Grosso, Orlando Fanaia, representantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), da empresa Sanches Tripoloni, vereadores e uma comissão de moradores do Nova Barra, a audiência discutiu exaustivamente o problema na busca de uma solução.
Pela manhã, no gabinete do prefeito Roberto Farias, a questão já tinha sido debatida, sem, contudo, a apresentação de um projeto formal. Na oportunidade, o prefeito se comprometeu com vereadores e moradores do bairro a solucionar o problema com ou sem a participação do DNIT, que não apresentou na reunião uma alternativa.
“Nós vamos pôr fim aos alagamentos que vem causando transtornos à população. Perdi noites de sono na tentativa de encontrar uma solução para esse problema e para amenizar a situação, executamos serviços paliativos. Mas, é um compromisso pessoal, com ou sem a ajuda do DNIT, executar obras que evitem os alagamentos”, prometeu o prefeito.
Audiência no MPF
Embora tenha apresentado a minuta de um projeto para equacionar o problema no Jardim Nova Barra, apenas na audiência púbica no MPF é que o superintendente do DNIT apresentou o plano emergencial para desviar o curso das águas das enxurradas que descem pela avenida Duque de Caxias (traçado do anel viário) e atingem à avenida Amazonas, provocando os alagamentos.
Ocorre que na avenida, havia um sistema de drenagem construído pela Prefeitura para evitar esse tipo de transtorno. As tubulações, no entanto, foram entupidas pela movimentação de terras executada pela empresa Sanches Tripoloni, responsável pelas obras, prejudicando o escoamento normal das águas das chuvas.
Orlando Fanaia se comprometeu a construir um novo sistema no traçado do anel viário com tubulações desviando à água pela margem direita (oposto a Amazonas) até desembocar no rio Garças. Por outro lado, a Prefeitura concluirá outra drenagem pela Rua Laura Vicuña, que servirá de escape para o escoamento fluir normalmente, mantendo os serviços paliativos para evitar novos alagamentos.
Na audiência ficou definido ainda uma inspeção minuciosa nas galerias entupidas e a viabilidade de desobstrução, além de análise de responsabilidade pela causa do problema, se foi da Sanches Tripoloni ou não durante a execução das obras de terraplanagem da avenida Duque de Caxias.
O trabalho de avaliação, que deve ocorrer em até 15 dias, terá o acompanhamento de engenheiros da Prefeitura, do DNIT, da empresa e o Ministério Público Federal vai requisitar o acompanhamento de um perito para apontar o estado em que se encontra as galerias se constatar o entupimento foi causado pelos sedimentos das obras.
Após a inspeção uma nova audiência será realizada para apontar as causas e as responsabilidades das partes envolvidas. O representante do MPF lamentou os transtornos, mas foi categórico ao exigir a assinatura de um Termo de Ajustamento de Conduta pelo DNIT para que os moradores não seja mais penalizados.
“O que importa agora é resolver o problema do alagamento. Solicitamos que o DNIT faça a drenagem, tirando o fluxo da água do anel viário da avenida Amazonas e que a Sanches Tripoloni limpe as galeria obstruídas. A Prefeitura concluirá o novos sistema da rua Laura Vicuña e dará continuidade as medidas paliativas necessárias”, destacou o prefeito Roberto Farias.
Excesso de chuvas
De acordo com índice pluviométrico, medida em milímetros da somatória da quantidade da precipitação de água para uma região, somente em dois dias da semana passada choveu cerca de 100 milímetros em um dia e aproximadamente 90mm no dia seguinte, o equivalente a quatro meses de chuvas em apenas 12 horas. O fenômeno foi considerado anormal para os índices que costumam ser registrados em Barra do Garças.