Estudante de Medicina cita “sonho destruído” e aciona empresa

A estudante de Medicina da Universidade de Cuiabá (Unic),  A.C.M.S., de 25 anos, entrou com uma ação na Justiça contra a empresa Imagem Eventos, após o cancelamento de sua formatura.

 

Teve seu sonho e todas as suas expectativas frustradas em razão da fraude perpetrada, não sabendo sequer se terá ou como será sua formatura”

A empresa é investigada pela Polícia Civil acusada de dar calote em diversos estudantes em Cuiabá. A Imagem está em nome de Antônia Alzira Alves do Nascimento, mas era, na verdade, gerida pelo filho dela, Márcio Nascimento, e pela empresária Elisa Severino.

 

A ação foi protocolada nesta terça-feira (4) no 2º Juizado Especial Cível da Capital. 

 

A jovem alega ter investido mais de R$ 19 mil na organização da celebração, mas foi surpreendida por um comunicado informando que a empresa estava encerrando suas atividades sem previsão de reembolso, no dia 31 de janeiro.

 

Na ação, ela pede a rescisão contratual, restituição integral dos valores pagos e indenização de R$ 15 mil por danos morais.

 

A estudante também solicitou uma tutela de urgência antecipada para o bloqueio de bens da empresa e seus sócios, no valor de R$ 34,5 mil. 

 

Conforme a ação, a universitária pagou todas as parcelas mensais entre os meses de julho de 2021 a janeiro de 2025,  totalizando a quantia de R$ 18.774,76.

 

Além disso, atendendo às solicitações da empresa, a estudante fechou no 29 de janeiro a contratação do serviço de sessão de fotos, pagando na mesma data a quantia de R$ 800.

 

“Verifica-se, portanto, que a requerente pagou à requerida no interesse do contrato o valor total de R$ 19.574,76 (dezenove mil, quinhentos e setenta e quatro reais e setenta e seis centavos), que deverá ser restituído integralmente, com acréscimos de juros legais e correção monetária a partir do desembolso”, diz trecho da ação.

 

A estudante disse ter seu sonho destruído pela conduta da empresa.

 

“Os graves transtornos emocionais causados pela Requerida e seus sócios à Requerente são incontroversos, tendo em vista que a Requerente é estudante, não possui renda, é mantida por seus familiares e, durante anos, empreendeu esforços para pagar sua tão sonhada formatura”, diz trecho da ação.

 

“No entanto, teve seu sonho e todas as suas expectativas frustradas em razão da fraude perpetrada, não sabendo sequer se terá ou como será sua formatura”, encerra o documento. 

 

 



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