Politec faz reconstituição de assassinato de jovem em Nova Xavantina
Interativa FM
A Politec realizou na quarta-feira (21), a reconstituição da morte de Renan Luna ocorrido no dia 9 de abril do ano passado, na saída de uma festa na sede campestre de um clube em Nova Xavantina. Os trabalhos foram coordenados por Cristina Hara da Politec de Barra do Garças. O laudo técnico de todo o levantamento efetuado ontem deverá ficar pronto em até 60 dias.
Ao menos 20 pessoas estiveram presentes no clube de festas e deram sua versão sobre os fatos ocorridos há um ano e 7 meses. Vários técnicos da Politec acompanharam toda a reconstituição, bem como agentes da Polícia Civil e da Polícia Militar. O delegado regional de Água Boa, Welber Batista Franco se fez presente acompanhando os trabalhos da Politec.
Policiais militares e bombeiros que atenderam a ocorrência naquela madrugada estiveram presentes repassando informações sobre o homicídio.
Para cada depoimento, os técnicos da Politec indagavam o que as testemunhas lembravam, anotavam dados e tiravam fotografias para posterior compilação e emissão do laudo técnico. O gerente da Politec de Água Boa, Paulo Barbosa, disse que naquela data, a Polícia Técnica não foi chamada para efetuar o levantamento, e por isso, os laudos técnicos só sairão a partir da reconstituição.
Uma pessoa foi convidada para a simulação, representando o oficial da PM que esteve no local e efetuou disparos de arma de fogo. Outra pessoa representou a vítima Renan Luna. Mauri Júnior Machado, uma das principais testemunhas e amigo de Renan Luna, também se fez presente e trouxe importantes informações sobre a tragédia. Ele repetiu a informação de que uma cápsula vazia de projétil foi ejetado por uma pistola e caiu sobre a vítima.
Para Mauri, isso indicaria que o disparo foi feito a curta distância. Mauri Júnior se disse emocionado em rever o local da tragédia e relembrar os últimos instantes de vida do seu amigo Renan.
“Mesmo assim, preciso colaborar para que a justiça aponte o culpado”. Nossa reportagem mais uma vez não teve acesso ao inquérito policial. Sabemos que um exame de balística confirma que o projétil disparado contra Renan Luna saiu de uma pistola .40, mas não foi a arma apresentada pelo oficial da PM, mas tratava-se de uma munição pertencente ao Estado.
Algumas testemunhas como os seguranças também puderam esclarecer detalhes sobre o ocorrido que somente em uma simulação podem apresentar mais luz aos investigadores.
Toda a simulação foi acompanhada pelo pai de Renan, o empresário Vando Luna e família de Água Boa. Todo o trabalho transcorreu dentro da absoluta normalidade. Mesmo sendo um evento de cunho técnico dentro da investigação forense, a imprensa de Nova Xavantina só foi representada por um site. As emissoras de rádio e TV não enviaram representantes.
O ajuntamento de pessoas foi grande e chamou a atenção dos moradores próximos e dos transeuntes. O clube Campestre está localizado na saída de Nova Xavantina para Água Boa, às margens da BR-158. O agora tenente-coronel Escolástico foi convocado, mas não compareceu à reconstituição. Os trabalhos começaram às 17hs e foram noite adentro, até por volta das 22hs.
A responsabilidade técnica do serviço simulado esteve a cargo do perito Claudio Valério da Politec de Barra do Garças. Em entrevista, ele disse que terá 60 dias para juntar todos os depoimentos e dados técnicos levantados para a formatação do laudo final.
Valério observou que se alguma das testemunhas mentiu aos técnicos da Politec, a verdade virá à tona no confronto com as demais testemunhas. Ele destacou que com os dados levantados, vai ser possível estabelecer como as coisas aconteceram. “As autoridades vão ter noção clara de como os fatos se deram”, declarou ele.