VÍDEO: Acredito na inocência dos vereadores, diz Júlio sobre alvos da PF

Um dia após a Polícia Federal cumprir mandados de busca e apreensão contra dois vereadores por Várzea Grande, o deputado estadual Júlio Campos (União) disse que, por enquanto, ainda prefere acreditar na inocência dos parlamentares. Em conversa com jornalistas nesta quarta-feira, 12 de março, Júlio admitiu que se a Polícia fez buscas, deve haver fundamento na denúncia de compra de votos. Porém, ele avalia que as investigações devem avançar antes de se formar uma opinião sobre os fatos.

Julio explicou que, no dia da eleição, algumas pessoas foram presas com santinhos e dinheiro. Com a abertura do inquérito, a polícia aprofundou as investigações e identificou conversas que indicam não apenas promessas de dinheiro, mas também de empregos e benefícios, como distribuição de água e perfuração de poços artesianos.

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“Se isso é verdade, caberá à Polícia Federal realmente investigar durante esse inquérito. Eu acredito que é um assunto muito polêmico que caberá a Justiça Eleitoral que é Federal, e a Polícia Federal prosseguir e verificar. Por enquanto, eu ainda acredito na inocência dos vereadores”, declarou.

Segundo o parlamentar, o vereador Jânio Calistro (União), presidente da Comissão de Ética da Câmara de Várzea Grande, afirmou não poder abrir um processo ético contra os dois vereadores investigados, pois o caso ainda está sob responsabilidade da Justiça Eleitoral e da Polícia Federal, e nem ele, nem o presidente da Câmara, Wanderley Cerqueira (MDB), tiveram acesso ao processo.

“[…] vamos aguardar, eu acredito que realmente nos próximos dias, com o prosseguimento do inquérito e revelação dos fatos, a comissão de ética não terá como fugir da sua responsabilidade”, disse Júlio.

Júlio Campos ainda rebateu o questionamento de jornalistas ao ser perguntado sobre sua opinião em relação à Câmara ficar “manchada” por tais denúncias.

Em resposta, ele declarou que os parlamentares não são atingidos pela difamação, até porque considera o caso como isolado, tendo em vista que a compra de votos ocorreu em vários municípios do estado. “Olha, toda denúncia é ruim, né?! Qualquer denúncia que sai com um deputado aqui do nosso parlamento, fica ruim com o parlamento, a Câmara dos Deputados e o Senado. Realmente é desagradável. Mas é um assunto eleitoral, não é assunto administrativo da Câmara Municipal, nem assunto político lá dentro […] compra de votos teve em todos os municípios de Mato Grosso”, finalizou.

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Estadão MT