DHPP diz que mulher admitiu crime “informalmente”; outros negam

O delegado Caio Albuquerque, da Titular da Delegacia de Homicídios e Proteção a Pessoa, afirmou na tarde desta quinta-feira (13) que Nataly Helen Martins Pereira, de 25 anos, confessou “informalmente” ter matado a adolescente de 16 anos, grávida de 9 meses.

 

O homicídio de uma adolescente ocorreu na quarta-feira (12) e o corpo foi encontrado enterrado nos fundos de uma residência no bairro Jardim Florianópolis, em Cuiabá, nesta manhã. A adolescente tinha fios de telefone no pescoço, sinais de esganadura, e estava com o ventre cortado na vertical, feito para a retirada da bebê.

 

Informalmente ela confessa. Ela só confessa rapidamente. Não sei se ela chega ao ponto de falar sobre outros envolvidos

Albuquerque contou que teve um acesso superficial ao registro em que a acusada responde à investigação. Nataly e seu namorado Cristian Albino Cebalho de Arruda, de 28 anos, foram presos em flagrante na noite de ontem.

 

“Informalmente ela confessa. Ela só confessa rapidamente. Não sei se ela chega ao ponto de falar sobre outros envolvidos. A princípio, ela afirma que fez [o assassinato]”, afirmou à imprensa.

 

O delegado ainda revelou que o namorado de Nataly, e outros dois suspeitos presos (que não tem identificação revelada), negaram a participação no crime.

 

“Os demais negam conhecimento e envolvimento, e  a princípio negaram até mesmo se ela estaria envolvida”, disse.

 

No entanto, fez o alerta sobre as condutas dos depoimentos. “Mas os investigados tem direito ao silencio e até mesmo o direito de mentir. São declarações bem vazias deles. A gente vai ver o cenário dos fatos e vai ver se aquilo ali também é possível de ter sido feito sozinha, a conduta”, disse.

 

O delegado ainda apontou que Nataly Helen deve responder por homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver e uma fraude processual. “Porque ela foi na unidade hospitalar se passando como mãe pra tentar ali endossar uma declaração nascida vivo”, disse.

 

Caso macabro

 

A adolescente E.A.S. estava desaparecida desde a manhã de quarta-feira (12), quando informou à sua família que iria buscar roupas doadas por uma mulher.

 

Na noite daquele dia, o casal Cristian e Nataly foram até o Hospital Santa Helena para obter o atestado de nascido vivo, com um bebê nos braços, alegando que fizeram um parto em casa. 

 

A equipe médica desconfiou e realizou o teste de gonadotrofina coriônica, que detecta a presença de hormônios relacionados à gravidez. Ele indicou um valor considerado consistente com uma não gestação. 

 

Foi constatado também que a mulher não produzia leite materno. do comportamento e acionou a Polícia.  A equipe médica acionou a Polícia Civil e o casal foi preso.

 

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