14/03/2025 -

“Uma das cenas mais cruéis; precisei me recompor”, diz perito

O perito Luis Paoli, da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec), afirmou que o local de crime em que a jovem E.A.S., de 16 anos, foi encontrada, é uma das cenas “mais cruéis” que ele já viu em seus 12 anos de carreira: “Precisei de uns cinco minutos para me recompor”.

Eu tenho 12 anos de perícia do local e foi uma das reações mais difíceis que eu tive para me conter da emoção de ver uma menina de 16 anos com o abdômen aberto

A menor estava grávida de 9 messes, foi asfixiada e enquanto ainda estava com vida teve a barriga cortada na vertical para ter sua bebê roubada.

Nataly Helen Martins Pereira, de 25 anos, confessou ter cometido o crime para ficar com a criança.

E.A.S. teve pés e mãos amarradas para trás, suas vísceras ficaram expostas, depois foi enterrada em uma cova rasa no quintal de uma residência no Bairro Jardim Florianópolis.

“Normalmente a gente já tem uma prévia do contexto. Eu já sabia que era um corpo encontrado no contexto de remoção de uma criança. Mas enquanto a gente tem só o contexto é uma coisa”, afirmou o períto à TV Centro América.

“Eu tenho 12 anos de perícia de local e foi uma das reações mais difíceis que eu tive para me conter da emoção de ver uma menina de 16 anos com o abdômen aberto, mãos presas nas costas, asfixiada. É difícil! Eu tenho uma filha próxima dessa idade, a emoção tomou conta, senti um peso enorme do trabalho que a gente faz”.

Luis disse que precisou de cinco minutos para se recompor e voltar a trabalhar na cena do crime. “Não foi fácil. De todas as situações que eu já convivi, foi uma das cenas mais cruéis e difíceis de processar” disse.

O perito detalhou que a adolescente estava com as mãos e pés amarrados e os pulsos muito provavelmente foram fraturados.

“Havia a condição física dos pulsos estarem rompidos, quebrados. Sem ruptura externa, mas a posição em que se encontravam dava essa impressão”, afirmou.

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