“Essa mulher não merece estar viva”, diz vereador sobre assassina de adolescente grávida

O vereador Rafael Ranalli (PL) disparou contra Nataly Pereira, de 25 anos, assassina confessa da adolescente Emelly Sena, 16, afirmando que ela “não merecia estar viva”. A declaração foi feita na manhã desta terça-feira, 18 de março, durante sessão na Câmara Municipal de Cuiabá. Ranalli também afirmou que duvida que Nataly cometeu o crime sozinha, como afirmou em depoimento à Polícia Civil.

Ana Paula Azevedo, mãe de Emelly, esteve na Câmara nesta terça, a convite da vereadora Samantha Iris (PL), para pedir por Justiça pela morte de sua filha. Na ocasião, Ranalli propôs que fosse votada uma moção de pesar.

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“Como a senhora, eu acredito que essa mulher (Nataly) não fez isso sozinha, porque teria que segurar a Emelly, e a gente sabe que uma pessoa em desespero fica mais forte. Então, assim, a gente espera que se chegue a novos bandidos, a outros monstros. Então, assim, eu quero deixar bem ratificado aqui, como eu vejo essa mulher que cometeu esse ato. E esses outros vagabundos, bandidos. Essas palavras se tornam fracas para nomear esses crápulas, esses monstros, que não merecem estar vivos. Essa mulher que fez isso, ela não merece estar viva”, disparou o vereador.

Ranalli levantou a suspeita de que Natally tenha contato com o apoio do marido ou de outras pessoas para o assassinato de Emelly. Porém, a assassina confessa disse à Polícia que agiu sozinha e, por conta do depoimento dela, os outros três suspeitos que haviam sido presos foram liberados.

CASO EMELLY

Emelly Azevedo Sena, 16 anos, estava grávida de 9 meses quando desapareceu na quarta-feira, 12 de março, após sair do Jardim Eldorado, em Várzea Grande, para buscar um suposto enxoval de bebê no Jardim Florianópolis, em Cuiabá, a cerca de 24 quilômetros de distância. Nataly Helen Martins Pereira atraiu a jovem com a promessa de doação de roupas para o bebê.

Na noite do mesmo dia, Nataly e seu marido, Christian Albino Cebalho de Arruda, foram presos em flagrante ao tentarem registrar uma recém-nascida em um hospital de Cuiabá, alegando que o parto havia ocorrido em casa. Porém, exames médicos apontaram que a mulher não apresentava sinais de puerpério.

O corpo de Emelly foi encontrado na manhã seguinte, quinta-feira, 13, em uma cova no quintal do casal. A vítima estava com as mãos amarradas por um fio de energia a apresentava sinais de estrangulamento, também por fio de energia elétrica.

Emelly teve a barriga rasgada a facadas para retirada do bebê. Esta informação foi confirmada à imprensa pelo delegado Caio Albuquerque, da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).



Estadão MT