Eduardo foge para os Estados Unidos com medo de ser preso injustamente

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) comentou nesta terça-feira (18), bastante emocionado, a decisão do filho Eduardo de se licenciar do mandato na Câmara dos Deputados para passar um tempo nos Estados Unidos.

Eduardo Bolsonaro é deputado federal (PL-SP) e informou nesta manhã, por meio de uma rede social, que vai pedir afastamento da Câmara para morar em território norte-americano, onde está atualmente.

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O parlamentar disse que tomou a decisão para, segundo ele, não ser “perseguido”.

“Hoje está sendo um dia marcante para mim: o afastamento de um filho. Mas um filho que se afasta mais do que por um momento de patriotismo, se afasta para combater algo parecido com o nazifascismo, que cada vez mais avança em nosso país. A liberdade não tem preço. Ouso dizer que a liberdade é mais importante que a própria vida”, declarou o presidente.

Bolsonaro também agradeceu ao presidente dos EUA, Donald Trump, pelo acolhimento a Eduardo no país.

“Confiscaram meu passaporte, mas meu pensamento está com Donald Trump, que seguirá abraçando o meu filho. Coisa rara no Brasil: tivemos um presidente [falando do seu próprio governo] alinhado com democracias no mundo todo, inclusive a americana. Mas, todo sacrifício é válido quando queremos um país forte, independente e livre.”

Afastamento da Câmara

Na postagem que fez no Instagram, Eduardo Bolsonaro disse que a licença do mandato será temporária para “focar em buscar as justas punições a Alexandre de Moraes e a sua gestapo da Polícia Federal”.

A Gestapo, citada pelo parlamentar, é o nome dado à polícia secreta da Alemanha nazista, criada em 1933. O nome Gestapo é a abreviação de Geheime Staatspolizei, que significa Polícia Secreta do Estado.

O deputado, que disse temer ser preso por ordem do STF, não sinalizou por quanto tempo permanecerá fora do país.

Além do pedido de parlamentares do PT de apreensão de passaporte, Eduardo Bolsonaro é réu em uma ação penal por difamação apresentada pela deputada Tábata Amaral (PSB-SP).

A queixa-crime trata de uma publicação de Eduardo no Twitter, na qual ele afirmou, sem provas, que a deputada teria criado um projeto sobre distribuição de absorventes para favorecer o empresário Jorge Paulo Lehmann.

O irmão dele, senador Flávio Bolsonaro (RJ) também comentou o afastamento.

“Que eu saiba, o prazo máximo [de afastamento] são quatro meses. Eu não sei o que passou na cabeça dele, do tempo. Foi importante para ele ficar lá. Mais uma vítima do ‘Alexandrismo’. A gente não pode julgar. Tem que se colocar no lugar das pessoas”, declarou.
 
 



Estadão MT