Assassino relata ameaças de casal e diz ser “cidadão de bem”
Folhamax
José Antônio de Assis, suspeito de sequestrar a ex-mulher e assassinar o namorado dela a tiros em um posto de combustível, disse que cometeu o crime após receber vídeos e mensagens de ameaça do casal. Ele foi preso no dia 1º de janeiro, três dias após matar Roberto Lemos dos Santos, 50, e levar sua ex-mulher, Larícia Melhorança, que foi abandonada em Pontes e Lacerda.
Na delegacia, José Antonio concedeu uma entrevista explicando o motivo do crime. Ele apontou que o casal estava o ameaçando.
“Eu vinha recebendo ameaças, não só eu como minha família. Pessoas vinham armadas na porta da minha casa. Eu era casado com ela [Larícia], entramos com processo de divórcio quando ela começou a ter caso com essa pessoa. Mas não foi ciúme, eu disse que ela podia seguir a vida. Demos entrada no divórcio em novembro, eu recebia ameaças de ambas as partes têm mensagens, fotos e vídeos dizendo que se eu pisasse em Cuiabá eles iam fazer e acontecer”, disse.
O suspeito negou que o crime tenha sido motivado por vingança ou que tivesse premeditado o assassinato. Quanto à acusação de sequestro da mulher, José Antônio negou que tenha forçado ou ameaçado a mulher ir com ele.
“Eu não recordo de tudo, pois em uma fração de segundos, se tivesse parado para pensar, eu não faria. Eu não ia fazer nada contra ela, não é da minha índole eu não sou bandido e não ameacei ela”, contou o suspeito.
Jose Antônio relatou também que, no dia 1º, se entregou a polícia sem resistência e só pediu ao delegado da cidade para que seu filho fosse entregue a ex-mulher. Ele disse ainda que está arrependido e disposto a pagar pelo crime que cometeu. “Eu sou um cidadão de bem, esta é a minha primeira ocorrência. Morei aqui em Pontes e Lacerda por 18 anos, todo mundo conheceu eu e meu pai”, assinalou.
Na audiência de custódia realizada na quarta-feira (2), a justiça manteve a prisão de suspeito e negou a transferência dele para o presido de Cuiabá.
O caso é investigado pela delegada Jannira Laranjeira, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), em Cuiabá.