Polícia Civil apreende simulacros de pistolas e armas brancas com adolescente

Assessoria

Dois simulacros de arma de fogo, uma faca, dois canivetes, um punhal, uma lamina, um soco inglês e um tchaco (tipo de arma usada em artes marciais) foram apreendidos pela Polícia Judiciária Civil, no município de Confresa, na posse de um adolescente de 16 anos.

A ação com foco na repressão e prevenção busca evitar tragédias em unidades escolares, praticadas por jovens influenciados por atos bárbaros, conforme ocorreu na escola do município de Suzano, em São Paulo, no mês de março passado.

A denúncia chegou, nesta segunda-feira (15), na Polícia Civil por meio do Conselho Tutelar de Confresa, que acionou a Delegacia diante de uma eventual possibilidade de suposto atentado em uma escola da zona rural do município, onde o adolescente estuda.

Conforme o delegado André Rigonato, tão logo chegou ao conhecido da Polícia Civil, a informação foi averiguada junto à escola. O menor estava em sala de aula e foi chamado para acompanhar os policiais até sua casa, local onde os pais do adolescente permitiram a entrada, sendo localizadas no quarto dele as armas.

O adolescente foi encaminhado para atendimento psicológico. Ele também responderá por ato infracional análogo a posse de armas e também por ameaça.

O delegado disse ainda que os pais do menor não tinham conhecimento das armas guardadas dentro da casa. Ele fez um alerta a todas as pessoas responsáveis por crianças e adolescentes. “Não queremos criar alarde, mas temos pessoas de má índole no mundo todo que usam as redes para a divulgação disso e incentivar jovens. Estamos trabalhando na prevenção para que os pais fiquem atentos aos seus filhos e que situações como essa não ocorram”, afirmou.

Todas as suspeitas, sejam elas em ambiente escolar ou não, devem ser denunciadas à Polícia, que vem dando atenção macro aos casos, buscando a identificação dos autores da disseminação de promessas de ataques nas unidades de ensino.

Prevenção

No âmbito preventivo, a Polícia Judiciária Civil, por meio dos projetos sociais: De Cara Limpa Contra as Drogas, Rede Digital Pela Paz e De Bem Com a Vida, executados pela Coordenadoria de Polícia Comunitária, desenvolve palestras orientativas junto às escolas de vários municípios de Mato Grosso. As palestras estão focadas a redução da violência escolar, em especial, na modalidade virtual que tem encorajado diversos jovens a praticarem atos insensatos como forma de chamar atenção de colegas, pais e da comunidade. As atividades estão inseridas, na campanha “Escola Segura”, em alusão a Lei nº 13.277, de 29/04/2016, que em no Artigo 1º, instituiu o “Dia Nacional de Combate ao Bullying e à Violência na Escola”. A data passa a ser celebrado, anualmente, no dia 7 de abril.

Conforme o gerente do programa De Bem Com a Vida, investigador Ademar Torres, dentre os tópicos abordados está o cyberbullying, que trata da prática que envolve o uso de tecnologias de informação e comunicação para dar apoio a comportamentos deliberados, repetidos e hostis por um indivíduo ou grupo com a intenção de prejudicar,também sobre o compartilhamento de fotos ou vídeos que façam menção a supostos ataques, além de ser uma forma indireta de violência entre o agressor e as vítimas.

Diagnóstico Participativo das Violências nas Escolas, feito pela Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais em parceria com o Ministério da Educação, mostra que 69,7% dos jovens afirmam ter visto algum tipo de agressão dentro da escola. Em 65% dos casos, a violência parte dos próprios alunos; em 15,2% , dos professores; em 10,6%, de pessoas de fora da escola; em 5,9%, de funcionários; e em 3,3%, de diretores.

O tipo de violência mais comum sofrida pelos alunos, segundo o diagnóstico, é o cyberbullying (28%): ameaças, xingamentos e exposições pela internet. Roubos e furtos respondem por 25%; ameaças, 21%; agressões físicas, 13%; violência sexual, 2%. Outros tipos não especificados respondem por 11%.