Homem é preso suspeito de matar diarista com cinto em Aragarças

G1 GO

Um homem de 33 anos foi preso na segunda-feira (7) suspeito de matar a diarista Genozira Luiza de Jesus, 45 anos, em Aragarças, na região oeste de Goiás. Segundo o delegado Ricardo Galvão, responsável pelo caso, ele usou um cinto para enforcar a vítima até a morte, no quarto dela, por causa de uma dívida.

O suspeito negou em depoimento ter matado Genozira. O G1 não conseguiu localizar a defesa do homem.

Familiares encontraram o corpo de Genozira no dia 6 de novembro de 2018, pois ela morava sozinha. Conforme a perícia, devido ao estado de decomposição, a diarista tinha sido morta pelo menos três dias antes.

Dívida após acidente

Os policiais encontraram no quarto da vítima o cinto usado para enforcá-la e um chinelo. De acordo com o delegado, testemunhas ouvidas relataram que tinham visto, dias antes de a diarista ser encontrada morta, o suspeito com os objetos.

Outro indício de que ele matou Genozira é o fato de ter ameaçado a vítima caso não pagasse uma dívida. Segundo a investigação, o homem emprestou o carro para a vítima cerca de um ano antes do crime e ela bateu o automóvel contra um poste.

“Ele teve um prejuízo de R$ 3 mil e passou a cobrá-la, inclusive, com ameaça de morte. As ameaças se tornaram mais intensas em 2018 porque estava faltando dinheiro para o uso de drogas”, disse o delegado.

Investigação

Na época do crime, o homem negou em depoimento ter qualquer relação com a morte da diarista. Depois, ele saiu da cidade e ficou internado, por duas vezes, em clínicas de reabilitação, sendo uma em Minas Gerais e outra em Goiás. Para o delegado, o objetivo das internações era “ficar fora da cidade em razão das investigações”.

O homem retornou para a cidade neste mês. Assim, a polícia o intimou novamente para que fosse ouvido. Ele foi detido ao comparecer à delegacia, pois o Poder Judiciário já havia decretado a prisão temporária. O suspeito está preso na cadeia da cidade.

O delegado deve concluir o inquérito em até 30 dias. “Vamos concluir mais oitivas, checar se tem mais alguma diligência a ser feita e chamá-lo novamente para indagar a respeito de contradições no inquérito”, explicou Galvão.