Trigêmeas de Querência deixam hospital e vão para casa conhecer outros 8 irmãos

As “três Marias”, como são chamadas pela mãe as trigêmeas Maria Letícia, Maria Eduarda e Maria Vitória, receberam alta hospitalar e já voltaram para casa, em Querência, onde moram os outros oito irmãos. Elas nasceram prematuras e estavam internadas no Hospital Geral Universitário, na capital, havia quase um mês para ganhar peso.

A mãe delas, a dona de casa Agna Rodrigues Siqueira, 38 anos, disse que foi emocionante a saída delas no hospital, na quinta-feira (10). “Foi emocionante ver a carinha delas e saber que poderíamos ir para casa”, disse. O retorno aconteceu no sábado (12), quatro meses depois de uma estada em Cuiabá. Ela teve de ficar na capital, pois a gravidez era considerada de risco e precisava de acompanhamento médico.

A mãe das trigêmeas ficou hospedada em uma casa de apoio e voltou em um transporte oferecido pela Prefeitura de Querência.

Na casa de apoio, as trigêmeas foram o centro das atenções por dois dias. “Elas são muito lindas, até pedi para ficar com uma, mas a mãe negou”, brincou a aposentada Joana Machado.

Agna, que agora é mãe de quase um time de futebol, diz ter “fechado a fábrica”. Logo após o parto cesariana, ela foi submetida a uma cirurgia para a ligadura das trompas. “Ainda queria ter mais um filho antes delas. Não precisava ser trigêmeos, mas, se Deus quis assim, estou feliz”, disse. A gravidez não foi planejada e a filha mais nova, de dois anos, ficou com ciúmes quando soube.

Atualmente desempregada, Agna pensa nas dificuldades que vai passar para criar as filhas, mas a conclusão é uma só: “Não desisto”. “Sei que vai ser difícil, mas faria tudo de novo e não daria nenhuma das minhas filhas para a adoção”, afirmou.

O marido dela é pintor, mas está sem trabalhar, e a família conta com doações de leite e enxoval das trigêmeas.

Maria Letícia, Maria Eduarda e Maria Vitória nasceram com aproximadamente 1,8 kg cada e agora já pesam 2,1 kg. Por indicação médica, as trigêmeas terão de se alimentar com leite em pó até os seis meses de idade. Além disso, as trigêmeas devem retornar a Cuiabá mensalmente para acompanhamento médico.

“Elas já estão mais fortes, comendo muito e crescendo sadias”, comentou a mãe. Juntas, as trigêmeas bebem a cada três horas cerca de 90 ml de leite.

Agna está no terceiro casamento, e os outros oito filhos são dos dois primeiros casamentos. Todos estão com os respectivos pais. (Do G1 MT)