Três PMs são presos suspeitos de darem carona para mulheres em viatura e abandonarem serviço
G1 MT
Três policiais militares foram presos no domingo (10) suspeitos de darem carona para mulheres e por abandonarem o serviço deles em Mato Grosso. Segundo a Polícia Militar, os três militares deveriam estar em Itiquira, a 359 km de Cuiabá, mas estavam em Rondonópolis, a 218 da capital.
Os policiais foram identificados como soldado Alexandre Alves Ribeiro, de 25 anos, cabo Rogério Francia Farias, de 38 anos, e soldado Luiz Fernando da Silveira Naves, de 35 anos.
Em nota, a Corregedoria-Geral da Polícia Militar informou que vai instaurar procedimento para investigar as circunstâncias da ocorrência e a conduta dos três policiais militares.
Três pessoas, sendo duas mulheres, foram flagradas dentro da viatura da PM em uma espécie de ‘carona’.
“A corregedoria, em Cuiabá, aguarda a chegada da documentação referente ao ocorrido para nomear o responsável pela apuração. Por serem lotados em Cuiabá, os três militares também virão para capital, onde passarão por audiência de custódia e responderão pelo delito”, disse a corporação em nota.
De acordo com a PM, um tenente flagrou a viatura dos policiais passando com o porta-malas aberto pelas ruas de Rondonópolis. Ele tentou avisar para que os militares fechassem a tampa, mas não conseguiu identificar quem estava na viatura.
Depois, esse tenente conseguiu descobrir quem estava na viatura e localizou o veículo na cidade. Ele viu três pessoas – que não eram policiais – no automóvel, sendo duas no porta-malas e uma no banco do passageiro. Duas das pessoas eram mulheres.
O soldado Naves foi abordado pelo tenente. Ele não quis se explicar, mas afirmou que a prima dele estava com ele na viatura. Os outros dois militares envolvidos estavam em uma sede da polícia na cidade.
Conforme a PM, os três policiais deveriam atuar na segurança das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em Itiquira, porém, não estavam no trabalho determinado pela corporação.
A situação se configurou como crime de peculato, já que a viatura foi usado para fins particulares, e abandono de posto, uma vez que os policiais não estavam em Itiquira.