MT prevê até 50% da população infectada e vê estudo da Fiocruz como “fake”
Folhamax
Em live no Facebook realizada na tarde de quinta-feira (26), o secretário estadual de Saúde, Gilberto Figueiredo disse que o cenário para infecções por coronavírus é nebuloso ainda no Estado. “Estamos torcendo para que o impacto seja menor que a expectativa”, disse.
Questionado sobre a flexibilização do decreto do governador Mauro Mendes em que o estado permite a reabertura de empresas e do comércio, circulação de ônibus, dentre outros, o secretário afirmou que a medida de isolamento não foi suspensa totalmente. “As pessoas que podem ficar em casa, tem que ficar. Porém, não podemos paralisar o Estado. Como é que vai ser no final do mês quando os trabalhadores não receberem seus salários ? Aí sim, teremos o caos”, declarou.
Ainda segundo o secretario, metade da população do Estado pode ser infectada, porque essa é a natureza do vírus. Entretanto, as estratégias precisam ser estudadas cuidadosamente. “Estamos tomando as medidas de acordo com que a situação requer. Até agora só temos casos leves e apenas 11 casos confirmados. A partir do caso número 50 é que teremos que adotar estratégias mais rígidas”, argumentou.
Por fim, ele informou que todas as unidades hospitalares do Estado estão sendo preparadas para receber casos de coronavírus. “Todo hospital estadual terá uma área isolada para atender os pacientes infectados, mas vamos priorizar os estados graves”, avisou.
RECOMENDAÇÃO DO MPE
Em relação a recomendação dos Ministérios Públicos, que pede a suspensão do decreto que libera o comércio, o secretário comentou que a pandemia deve ser combatida sem se instlar o caos econômico. “Precisamos dosar as medidas. Se for necessário quarentena total, iremos fazer, mas não agora”, disse.
Gilberto Figueiredo ainda colocou sob suspeita o estudo da Fiocruz, citado pelos promotores, que prevê que Mato Grosso possa ter até oito mil mortes pelo Covid-19 caso medidas duras não sejam adotadas. “Tem várias projeção e faço opção por uma. Esse tipo de ação gera pânico e não teremos esse número de mortes. Não iremos nos pautar por fakes e projeções duvidos. Quero saber como fica com tudo parado com trabalhadores sem salários”, frisou.