Aos 91 anos, médica tem alta após 54 dias de internação e 50 dias na UTI por coronavírus
O Hospital Alemão Oswaldo Cruz informou no domingo, 10, que a doutora Angelita Habr-Gama teve alta, após 54 dias de internação para tratamento de infecção por covid-19. Foram 50 dias em unidade de terapia intensiva (UTI).
Angelita é professora titular de cirurgia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) e referência mundial em coloproctologia, estudo das doenças do intestino grosso, do reto e ânus. Foi a primeira mulher a chefiar o Departamento de Cirurgia da USP e fundou a Associação Brasileira de Prevenção do Câncer de Intestino.
Nascida na Ilha de Marajó, ela entrou na faculdade de Medicina em 1952, aos 19 anos. Na carreira, já ganhou mais de 50 prêmios científicos. Entre as muitas homenagens recebidas, destacam-se o “Mérito Santos-Dumont”, do Estado de Minas Gerais, e a “Medalha do Pacificador”, concedida pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso, em 1998.
“Integrante do corpo clínico do Hospital Alemão Oswaldo Cruz desde 1960, Angelita Gama é uma referência para todos nós. Vê-la curada, depois de uma intensa batalha contra o vírus, renova nossa confiança na Medicina, na Ciência, na luta para salvar vidas e traz imensa alegria a todo o corpo clínico e assistencial da instituição”, diz o texto da instituição, assinado pelo diretor clínico Marcelo Oliveira Santos, pelo diretor executivo médico Antonio da Silva Bastos Neto e pelo infectologista Gilberto Turcato.
A médica teve parte da trajetória narrada na biografia Não, não é resposta, escrita por Ignácio de Loyola Brandão. O livro foi lançado em março deste ano, pouco antes de Angelita ser internada.
Fonte: Jornal Estadão MT