PC investiga desvios em contrato de R$ 400 milhões na gestão Taques em MT

Folhamax

A Polícia Civil deflagrou nesta terça–feira, por meio da Delegacia de Combate a Corrupção, a “Operação Tempo é Dinheiro”. A ação apura fraudes no Ganha Tempo.

São cumpridos mandados de busca e apreensão nas unidades do Ganha Tempo em Cuiabá. Não há informações se as unidades do interior do Estado também são alvos.

De acordo com as informações, as supostas fraudes ocorrem nas unidades administradas pelo Consórcio Rio Verde, que obteve a concessão das unidades ainda na gestão de Pedro Taques e irá administrar as unidades até 2032. Pelo contrato, o Governo paga o consórcio de acordo com os serviços prestados.

Porém, as investigações teriam apontado que o Estado estava pagando por serviços não prestados. Isso porque, as senhas eram emitidas, mas não havia o atendimento.

CONCESSÃO E RELATÓRIO DA CGE

A Parceria-Público-Privada (PPP) para o Ganha Tempo foi licitada, assinada e entrou em funcionamento durante a gestão do ex-governador Pedro Taques (PSDB). O valor inicial da contratação estava em R$ 398 milhões por uma previsão de 29 milhões de atendimentos durante 15 anos (2018-2032). Porém, em maio de 2018, o Ganha Tempo da Praça Ipiranga, em Cuiabá, é aditivado no contrato, passando o valor da PPP para mais de R$ 461 milhões.

No ano passado, um relatório da CGE apontou o aumento de 40% no valor contratado por atendimento que era de R$ 13,30 e passou para R$ 19, fraude no número de pessoas atendidas, atendimentos contabilizados sem terem sido finalizados e a falta de fiscalização nos serviços prestados.