Taques afirma que a farda da PM deve ser grossa, mas o trato fino com as bases
Lealdade, disciplina e coragem são as cobranças do governador José Pedro Taques (PSDB) para o novo comandante geral da Polícia Militar de Mato Grosso, coronel Gley Alves Castro, e ao secretário de Estado de Segurança Pública, Fábio Galindo Silvestre. “A farda deve mesmo ser grossa, mas a atitude [no diálogo com a sociedade] bastante fina”, observou ele, perante centena de pessoas, na noite desta segunda-feira (18), na posse de Gley Alves, em substituição ao coronel Zaqueu Barbosa, demitido na semana passada.
Pedro Taques afirmou que nenhum governador se comprometeu com a segurança pública, nas últimas décadas, como em sua gestão. “Convocamos 1.300 concursados para as polícias Militar e Judiciária Civil; compramos 1.200 pistolas, 3.000 coletes [à prova de balas], 200 novas viaturas e 174 motocicletas, a serem entregues em fevereiro”, pontuou ele.
“Qualquer um dos 32 coronéis da nossa Polícia Militar possui capacidade e competência para comandar a PM. Tanto que eu tenho orgulho da PM de Mato Grosso”, afirmou o chefe do Poder Executivo.
Pedro Taques determinou que Galindo e Gley Alves ampliem o diálogo com as bases populares, Conselhos de Segurança (Consegs) e organizações sociais, para reduzir a criminalidade, em Mato Grosso. “O senhores vão ter que conversar com o movimento comunitário, ara a cara, para buscar informações que permitam reduzir e prevenir o crime”, ensinou ele.
“Deixei para cumprimentar o senhor Fábio Galindo por último, por estar sobre seus ombros a missão de imprimir o nosso ritmo na segurança”, emendou Taques, depois de agradecer o seu amigo e ex-secretário, promotor de justiça Mauro Zaque; e o coronel Zaqueu Barbosa.
Deixando claro quem é que manda na Secretaria de Estado de Segurança Pública, Fábio Galindo avisou que vai exigir trabalho integrado das Polícias Civil e Militar. “A segurança avançou muito, em 2015. Mas é necessário caminhar mais e, para isso, torna-se indispensável a sinergia na relação das Polícias, na conversa franca do cotidiano, perante o comando da Secretaria”, citou ele.
E o recado de Galindo foi claro, justamente por sabes que um dos problemas do antecessor Mauro Zaque estava no fato de o comandante da PM despachar direto com o governador e “trazer o bolo pronto”, sem uma análise de a SESP.
Gley Alves recordou sua origem humilde e, principalmente, sua origem do convívio com o movimento comunitário. “Tenho plena consciência dos desafios que estão por vir e da missão para à qual fomos convocados. Vamos cumpri-la, com lealdade e destemor”, anunciou Alves, que vem de uma família com vasta tradição militar, em Mato Grosso. (Olhar Direto)