Pai e filho são presos em quadrilha que roubava gado e sequestrava as vítimas
Gazeta Digital
Três mandados de prisão temporária foram cumpridos pela Polícia Civil com apoio da Polícia Militar na manhã desta segunda-feira (01.02), na 2ª etapa da operação “Boi Brabo”, deflagrada pela Delegacia de Poconé (104 km ao sul de Cuiabá) para esclarecimento de crime de roubo de gado ocorrido em Nossa Senhora do Livramento.
O inquérito policial investiga o roubo majorado com restrição de liberdade, concurso de pessoas e emprego de arma de fogo, sequestro e cárcere privado, associação criminosa e receptação.
A primeira fase da operação ocorreu no dia 20 de janeiro, ocasião em que um homem de 40 anos teve o mandado de prisão temporária cumprido e um aparelho celular de origem ilícita foi apreendido.
As ordens judiciais foram decretadas após análise do telefone celular que foi encontrado no local em que o gado roubado foi recuperado, em que foi possível colher elementos que apontam o envolvimento dos três suspeitos no roubo.
Dois dos suspeitos (pai e filho) moram na mesma residência e o terceiro alvo fica em outro endereço, porém todos em Poconé. No sítio de um dos suspeitos foram recuperadas mais duas cabeas de gado roubadas da propriedade de Nossa Senhora do Livramento.
Roubo e Investigações
Os policiais civis vinham investigando o crime praticado no dia 05 de janeiro, em uma propriedade na zona rural de Nossa Senhora do Livramento (42 km ao sul de Cuiabá), quando funcionários e suas famílias foram rendidos e mantidos como reféns, trancados em um dos cômodos da sede da fazenda por aproximadamente 19 horas.
Do local foram roubados 82 cabeças de gado, cada uma avaliada em torno de R$ 2,5 mil, localizadas e recuperadas pelos policiais civis e militares poucas horas depois do crime. Na ocasião, uma pessoa foi presa em flagrante delito.
No decorrer das diligências para esclarecimento do roubo, a Delegacia de Poconé ouviu várias testemunhas, vítimas, bem como foram colhidos indícios e diversos elementos de prova que possibilitaram a representação dos mandados e deflagração das duas fases da operação.
De acordo com o delegado de Poconé, Maurício Maciel Pereira, as investigações estão em andamento para identificar outros envolvidos no crime. “É possível que seja uma teia criminosa com ramificações, podendo a operação ter novas fases dependendo dos novos elementos colhidos”, disse o delegado.