MT registra 4 mil casos de zika vírus; em Barra já são 16
A área de Vigilância Epidemiológica, da Secretaria de Estado de Saúde (SES), divulgou nesta quinta-feira (25.02) o Boletim Epidemiológico com dados atualizados da zika e chikungunya em Mato Grosso. De acordo com o boletim, até o momento foram notificados 256 casos suspeitos de febre chikungunya representando uma incidência de 7,8 casos por 100 mil habitantes. Durante o ano de 2015 foram registrados 311 casos em todo o estado.
Os casos foram notificados em 39 municípios sendo Campo Novo do Parecis (87), Matupá (17) e Barra do Garças (16) as cidades com mais notificações. Ao todo foram encaminhados para Laboratório Central de Mato Grosso (Lacen) 704 exames para a detecção da chikungunya. Todos aguardam resultados.
Em relação ao zika vírus foram registrados 4.053 casos suspeitos, notificados por 79 municípios no estado. Várzea Grande, Cuiabá e Cáceres são municípios com mais notificações com 587, 293 e 231, respectivamente. Em 2015 foram registrados 27.946 casos suspeitos da doença.
O Lacen já recebeu 1.035 exames para pesquisa da febre pelo Vírus Zika neste início de ano. Cinquenta e um exames de Biologia Molecular para zika foram liberados, destes 39 com resultado detectável para o vírus. Sendo 32 casos de Cuiabá, cinco casos de Sorriso, um de Lucas do Rio Verde e um de Tangará da Serra.
De acordo com a coordenadora de Vigilância Epidemiológica, Flávia Guimarães, União, Estado e municípios estão unindo esforços para o enfrentamento ao mosquito Aedes aegypti, transmissor dessas doenças e da já conhecida dengue. “O Governo do Estado implantou a Sala de Situação, da qual participam profissionais de diversas instituições e órgãos públicos essenciais nesse combate. Fazemos o monitoramento e intensificação das ações de mobilização, seguindo as orientações da Sala Nacional”, explicou.
Além disso, o Estado repassou um recurso adicional de R$ 20 milhões a todos os 141 municípios mato-grossenses, para intensificar as medidas de vigilância, prevenção e controle do mosquito Aedes aegypti. O recurso deverá ser utilizado na qualificação das ações de combate ao mosquito o que inclui vigilância epidemiológica e o aprimoramento dos planos municipais de contingência, além de reforçar o enfrentamento à microcefalia.
Outro incentivo financeiro disponibilizado pela gestão estadual é o complemento salarial para os Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e para os Agentes de Combate às Endemias (ACE) no valor de R$ 200,00 por agente. O valor é uma bonificação e visa estimular e intensificar as ações já desenvolvidas pelos municípios mato-grossenses.
O pagamento da bonificação terá duração de quatro meses consecutivos e os recursos financeiros serão transferidos do Fundo Estadual de Saúde aos fundos municipais de Saúde, nas competências de fevereiro, março, abril e maio de 2016. O valor total foi calculado com base no número de ACS e ACE informado por cada município e deverá ser pago nos próximos dias.
Dengue
A SES informa que até a publicação do boletim não foi possível atualizar os dados relativos a notificações de dengue devido a uma instabilidade no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) do Ministério da Saúde. O Sinan é um sistema é online e está indisponível desde a última segunda-feira (22.02).
O Sinan é alimentado, principalmente, pela notificação e investigação de casos de doenças e agravos que constam da lista nacional de doenças de notificação compulsória (Portaria Nº 1.271, de 6 de Junho de 2014). Os dados são atualizados e conferidos pela equipe técnica da área da dengue, e divulgados semanalmente.
Dados do último boletim epidemiológico divulgado pela área técnica da SES informam que até o dia 13 de fevereiro foram registrados 7.097 notificações de dengue em Mato Grosso. O aumento foi de 202% comparação com o mesmo período de 2015, quando 2.048 casos foram notificados. Dos 141 municípios, 118 notificaram casos e 45 deles apresentam incidência acima de 300/100 mil habitantes, sendo classificados como de alto risco de transmissão da doença. (Redação/Folhamax)