Filme faz piada com a pedofilia e atores ironizam as críticas; políticos e internautas revoltados

O filme “Como se tornar o pior aluno da escola”, lançado em 2017 e baseado no livro do apresentador e humorista, Danilo Gentili, atraiu a ira de políticos e internautas de todo o Brasil devido a uma cena de pedofilia.

A polêmica ganhou força nas redes sociais e várias postagens contra a Netflix, Danilo Gentili e o ator e humorista, Fábio Porchat, se espalharam pela rede.

Na cena em questão, a personagem de Fábio Porchat propõe a dois alunos que o masturbem em troca de favores. As personagens em questão são menores de idade.

Em reação à cena, a deputada estadual Janaína Riva (MDB) fez um post em seu Instagram, denunciando o filme como criminoso por fazer apologia à pedofilia.

“Incentivar a Pedofilia é crime! Não é legal, não é engraçado e é criminoso! Naturalizar abusos, romantizar estupros, enfim, nada disso deveria estar na TV. A @netflixbrasil deve retirar esse filme de seu serviço de transmissão. O diretor do filme deve ser penalizado. E no mínimo, os atores deveriam se desculpar ao invés de tentarem dizer que isso é crítica política” disse a deputada.

Danilo Gentili também se pronunciou e ironizou as críticas que recebeu.

“O maior orgulho que tenho na minha carreira é que consegui desagradar com a mesma intensidade tanto petista quanto bolsonarista. Os chiliques, o falso moralismo e o patrulhamento: veio forte contra mim dos dois lados. Nenhum comediante desagradou tanto quanto eu. Sigo rindo :)” publicou o humorista.

O ministro da Justiça, Anderson Torres, usou o Twitter para externar sua revolta com o filme.

“Assim que tomei conhecimento de detalhes asquerosos do filme “Como se tornar o pior aluno da escola”, atualmente em exibição na @NetflixBrasil, determinei imediatamente que os vários setores do @JusticaGovBR adotem as providências cabíveis para o caso!!” publicou.

Nas redes sociais, várias pessoas começaram a postar comentários revoltosos com o filme tanto contra os dos humoristas quanto da própria Netflix.

Estadão MT