Operação Carga Máxima fecha com 408 presos em MT
A ação da Polícia Judiciária Civil na operação Carga Máxima, da Secretaria de Segurança Pública, terminou com 408 pessoas presas em Mato Grosso. A operação que iniciou na sexta-feira (04) e finalizou no sábado (05) cumpriu 354 ordens judiciais, sendo 123 criminosos foragidos da Justiça por crimes violentos como homicídios, latrocínio, roubos à mão armada e estupros.
A operação empregou 3.300 policiais civis, incluindo servidores do administrativo da Diretoria Geral, das unidades, da Corregedoria Geral e alunos do curso de formação da Academia de Polícia, que acompanharam as buscas e blitzes de trânsito. Cães farejadores do Canil Integrado de Cáceres também reforçaram as buscas por drogas na região de fronteira.
De acordo com o secretário de Segurança Pública, Fábio Galindo Silvestre, a operação trabalhou em todas as frentes da criminalidade. “Sabemos que tem crimes diretos, mas também há crimes indiretos que estão intimamente ligados como o desmanche, o tráfico drogas, receptação. São todos crimes bases que interferem no conceito de violência. Agradecemos ao Ministério Público e ao Poder Judiciário pela expedição de ordens judiciais, pois polícia não se faz sozinha. Registramos nossos agradecimentos a todos os magistrados que sensíveis à necessidade da Polícia em avançar no enfrentamento à criminalidade. Ainda agradecemos a todos os policiais civis que vestiram a camisa e foram para rua”, declarou Galindo.
No interior foram presas 324 pessoas e na região metropolitana 84, totalizando 408 presos em flagrante e cumprimento de ordem de prisão. Nas delegacias de polícia foram lavrados 267 autos de prisão em flagrante (APF) para formalização da prisão de 285 conduzidos nos mais diversos crimes como o tráfico de drogas, posse irregular de armas de fogo e munições, violência contra a mulher, crimes ambientais (fauna e flora), receptação, uso de documentos falsos, contrabando e descaminho, embriaguez ao volante, homicídio, entre outros delitos.
Cerca de 300 produtos foram apreendidos, entre eles 103 botijões de gás irregular e explosivos. As apreensões contabilizam ainda 110 veículos, incluindo sete carretas com madeira irregular (sendo cinco apreendidas na região metropolitana pela Delegacia do Meio Ambiente e duas em General Carneiro); R$ 60 mil em espécie; 92 armas de fogo, 3.434 munições, 45,5 quilos de entorpecentes e animais silvestres com pássaros, cobras e tatu.
O delegado geral da PJC, Adriano Peralta Moraes, informou que muitas delegacias desenvolveram ações ainda no sábado e no domingo (06 e 07). “O saldo foi extremamente positivo e podemos incrementar essa mesma operação em outras ocasiões”, afirmou Peralta.
Cumprimento de mandados
A operação que começou às 6 horas da manhã de sexta-feira, com o cumprimento de várias ordens judiciais, se estendeu à noite com barreiras de trânsito, fiscalização de bares, lanchonetes e vários locais pontos de suspeita de prostituições e comércio de drogas. Em Rondonópolis (215 km ao Sul), seis conveniências e bares foram vistoriados e todos foram fechados, pois nenhum tinha alvará de autorização da Prefeitura para funcionamento . Na cidade foram cumpridos 24 mandados de busca e duas prisões.
Em Vila Rica, a Polícia Civil recuperou R$ 31 mil, dinheiro furtado de uma residência. O acusado Juliano Anchesqui, 32, foi flagrado com o dinheiro furtado dentro de uma bolsa. No momento da abordagem, ele estava com um revólver calibre 38 na cintura e foi autuado em flagrante também pelo porte ilegal de arma de fogo.
Em Canarana dois homens foram presos em flagrante na manhã de domingo (06) por homicídio. Os suspeitos, Marco Antonio Pereira, 19, e Jhony da Silva Oliveira, 21, são apontados como autores do crime bárbaro, que aconteceu na madrugada de sábado (05). A vítima Pedro Nonato da Silva, 55, foi morta a golpes de faca, pauladas e pedradas. O caso chocou os moradores de Canarana pelo fato da vítima ser uma pessoa simples e querida por todos da região.
Em Cuiabá, quatro criminosos de alta periculosidade com mandados de prisão em aberto foram presos pela Delegacia Especializada de Repressão a Roubos e Furtos de Veículos Automotores (Derrfva), ação Carga Máxima. Um deles tem 17 passagens por diversos crimes.
O suspeito, Lorival de Souza, foi preso em flagrante por receptação de um Gol preto adulterado e tinha mandado de prisão por tráfico de drogas. Procurado desde de setembro de 2015, Jair Ribeiro Filho, conhecido por “Magrão”, foi preso por receptação, adulteração de sinais identificadores e falsificação de documento público, e alienação de uma caminhonete Amarok roubada e vendida a índios da etnia Enawenê de Juína. O suspeito ostenta 17 registros criminais, incluindo condenações.
Rafael Sanches Lima, 19, e Diego Willian Gottard Bkuk, 29, tiveram mandados de prisão preventiva cumpridos pelo latrocínio do advogado José Vieira da Silva Filho, ocorrido no dia 5 de dezembro de 2015. O corpo dele foi encontrado embaixo da ponte do rio Coxipó, em Cuiabá. Diego Willian estava preso desde o dia 15 de janeiro de 2016 e teve a prisão temporária (30 dias) convertida em preventiva.
Trânsito
Blitzes e barreiras de trânsito ocorreram em várias cidades na noite de sexta-feira e sábado. Somente na capital foram 965 veículos abordados. Sete pessoas foram presas em flagrante por conduzir veículo sob efeito de álcool e droga. Dentre eles o motorista que atropelou três mulheres em um ponto de ônibus, na Avenida General Mello, na manhã de domingo (06), preso em flagrante por homicídio culposo, duas lesões corporais e embriaguez ao volante. No acidente, Jane Maria Alves, 49, morreu no Pronto-Socorro Municipal depois de ser socorrida. Testemunhas do acidente estão sendo ouvidas na Delegacia de Trânsito na manhã desta segunda-feira (07).
O condutor Douglas Rafael Bueno, 28 anos, não teve fiança aplicada no plantão de Cuiabá e será apresentado em audiência de custódia hoje. (Redação/Folhamax)