Precariedade de balsa expõe motoristas e passageiros a riscos no rio Xingu

Falta o básico, o mínimo para a execução do trabalho com segurança. Não há outra palavra para definir a situação da balsa que faz a travessia do rio Xingu em São José do Xingu, senão crítica. Não há proteção nas laterais, os veículos ficam soltos, sustentados apenas pelo freio de mão e não há nenhum colete salva vidas para os transportados de uma margem a outra do rio.

A balsa é guiada por um índio, não há equipes de socorro caso ocorra algum incidente, muito menos barcos para regatar os passageiros diante de um sinistro. Sem esquecer do valor cobrado para a travessia, mínimo de R$ 50 para veículos de passeio e em alguns casos até R$ 200 para caminhões carregados com grãos, como milho e soja. Opções, nenhuma, não outra rota, para seguir de São José para a região norte do estado é preciso pagar para assumir o risco.

A balsa é administrada por índios da reserva indígena do Xingu, e segundo os próprios, não passa por qualquer manutenção a pelo menos dois anos. Eles alegam que não sobram recursos para os custos com manutenção e que praticamente todas as semanas ela apresenta problemas que atrapalham a travessia do rio Xingu, o que prejudica o transporte de passageiros e mercadorias.

Não são poucos os casos de pessoas da região que tiveram que passar a noite dentro dos veículos, na beira do rio, ou por problemas na balsa ou porque chegaram a margem depois das 18 horas, quando ela para de operar. (Agência da Notícia)