PM atira em base e mantém soldado e esposa reféns

Folhamax

O Conselho de Disciplina da Polícia Militar busca notificar o soldado Júlio César Pereira, acusado de atirar contra a base da Polícia Militar do Distrito de União do Norte, localizado no município de Peixoto de Azevedo, e ainda ter mantido como refém a própria esposa e um outro soldado da corporação. Conforme publicado no Diário Oficial do Estado (DOE) que circula nesta quinta-feira (7), o episódio ocorreu no dia 2 de fevereiro de 2014 após uso excessivo de bebida alcoólica.

Naquela ocasião, o policial militar Júlio César Pereira ficou embriagado ao ingerir bebida alcóolica na Lanchonete Beira Rio, Distrito de União do Norte. Na companhia de três prostitutas, ele teria efetuado três disparos de arma de fogo, o que foi presenciado pela sua esposa, de prenome Vanessa.

A esposa imediatamente comunicou o soldado de plantão, Menezes, a respeito dos tiros, o que levou-o a se deslocar rapidamente até a lanchonete e encaminhar o soldado Júlio César Pereira até o núcleo da Polícia Militar, onde foi negado a autoria dos disparos. Minutos depois, Vanessa retornou ao Núcleo da Polícia Militar e jogou todos os pertences pessoais do soldado Júlio César Pereira em frente.

A partir deste momento, Júlio César perdeu o controle e agarrou sua esposa sacando uma arma e passando a apontá-la ao soldado e fazer diversas ameaças. O soldado Menezes foi rendido e desarmado e o soldado Júlio Cesar Pereira se apossou de um fuzil calibre 5.56 que estava dentro da viatura de serviço e algemou sua enteada e o soldado Menezes mantendo todos sob a mira de arma de fogo.

Ainda deixou todos algemados na condição de reféns. Na sequência, efetuou vários disparos com uma pistola particular e com o fuzil da Polícia Militar efetuou 12disparos na área externa e seis na sala da recepção, sendo que um dos disparos atingiu o monitor de um computador.

Após toda a confusão, Júlio Pereira se ausentou do Núcleo da Polícia Militar. Porém, houve pedido de reforço, o que levou o soldado a ser preso e encaminhado para a delegacia de Peixoto de Azevedo.

A conduta praticada pelo soldado Júlio Pereira fere o regulamento disciplinar da Polícia Militar, o que pode acarretar até em sua expulsão. Como não houve sua localização, permanecendo em local incerto e não sabido, foi publicado uma citação em edital publicado no Diário Oficial do Estado desta quinta-feira (7).