Pesquisa coloca Cuiabá como nona capital mais violenta do Brasil
Uma pesquisa realizada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, realizada com o intuito de sistematizar as informações e disponibilizá-las para as autoridades, mostrou que Cuiabá é a nona capital mais violenta do Brasil. O número de assassinatos em Cuiabá e Várzea Grande, na região metropolitana da capital, chegou a 470 no ano de 2014.
De acordo com dados da assessoria da Polícia Civil, além desses 470 homicídios, as duas cidades contabilizaram 30 casos de latrocínio no ano passado [roubo seguido de morte], o que totaliza 500 pessoas mortas pelos dois tipos de crime. Em todas as capitais, houve 15.932 mortes decorrentes de crimes violentos intencionais nas 27 capitais brasileiras no ano passado – o que equivale a uma vítima a cada 30 minutos aproximadamente.
Juntas, as capitais registraram uma taxa média de 33 mortes violentas a cada 100 mil habitantes em 2014. Fortaleza (CE) é a que tem o maior índice (77,3) e São Paulo (SP) o menor (11,4). Já Cuiabá ficou em nono lugar do ranking de crimes violentos, com 47,4 mortes a cada 100 mil habitantes. Para a Organização Mundial da Saúde (OMS), locais com índices iguais ou superiores a 10 são tidos como zonas endêmicas de violência. Todas as capitais do Brasil podem ser incluídas nessa classificação.
No ano passado, um desses casos chocou a população cuiabana. O fato aconteceu em abril do ano passado, no bairro Parque Cuiabá. Deste modo, um homem de 51 anos foi abordado por uma quadrilha quando entrava com o carro na garagem de casa. Ele e sua família foram feitos de reféns dentro da residência, enquanto os bandidos vasculhavam o local. A situação ficou tensa quando um deles, um adolescente de 14 anos, atirou duas vezes contra o comerciante, atingindo o peito e o queixo da vítima. Ele foi socorrido, mas não resistiu aos ferimentos e morreu na frente dos filhos.
A Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) informou que, nos seis primeiros meses da gestão atual, a secretaria incluiu em seu quadro funcional 450 investigadores e 150 escrivães da Polícia Judiciária Civil; além disso, outros 476 do cadastro de reserva do concurso já iniciaram o Curso de Formação. Também foram chamados 612 soldados da Polícia Militar. Segundo a Sesp, foram convocados mais 1.340 aprovados do concurso público da Polícia Militar para início do Curso de Formação.
Conforme a secretaria, está previsto outro concurso público para 130 vagas de Delegado de Polícia Civil e outro o preenchimento de 300 vagas para técnicos da área meio da Secretaria de Segurança Pública, função administrativa muitas vezes ocupada por policiais e bombeiros. A secretara informou que o concurso irá permitir que esses policiais e bombeiros sejam empregados nas ruas. O governo também divulgou uma ação inédita no Estado, o dinheiro apreendido com organizações criminosas está sendo empregado na compra de 1.200 pistolas e 40 fuzis para atender às polícias Civil e Militar. (Folhamax)