Quatro são presos por cárcere privado e invasão de terra no Araguaia
Quatro pessoas envolvidas com invasões de terra no município de Vila Rica foram presas pela Polícia Judiciária Civil, durante a operação “Eternos Invasores”. A ação resgatou funcionários de uma fazenda que eram mantidos em cárcere privado.
Os suspeitos R. B. A., 50, E.M.P., 33, M.S.S.C., 21, e R.M.S., 33, têm histórico de participarem, e incentivarem outras invasões nos municípios de Vila Rica e Confresa. Eles foram autuados em flagrante pelos crimes de porte ilegal de arma de fogo, associação criminosa, esbulho possessório e cárcere privado.
Durante investigação, os quatro envolvidos foram identificados como sendo responsáveis por mobilizarem outras pessoas para invadir a “Fazenda Elagro”, a cerca de 70 quilômetros da cidade de Vila Rica.
Conforme apurado, a propriedade já havia sido objeto de litígio e foi reintegrada aos proprietários no ano de 2015, sendo frequente alvo de tentativas de invasão.
Algumas lideranças tentaram nova investida, reunindo cerca de 100 pessoas para tomarem posse da fazenda, e ainda estavam mantendo o gerente e três funcionários em cárcere privado, desde a noite de segunda-feira (15.08).
Durante a ação, os investigadores de polícia conseguiram apreender uma pistola calibre 380 com doze munições, uma motocicleta, além de cheques de alto valor, provenientes de pagamentos para promover a invasão.
O delegado de polícia Gutemberg de Lucena Almeida explica que a Delegacia de Polícia de Confresa criou neste ano o Núcleo Especializado de Investigações Criminais (NEIC), com objetivo de intensificar o combate aos crimes relacionados a disputas de terra, conflitos agrários, e homicídios.
“Esse núcleo tem intensificado as ações de combate, prevenção e repressão a crimes desta espécie em toda a região do Araguaia-Xingu”, ressaltou o delegado Gutemberg de Lucena Almeida.
A operação “Eternos Invasores” desencadeada pela Delegacia de Polícia de Vila Rica, contou com apoio das equipes de Santa Cruz do Xingu, Confresa, Porto Alegre do Norte e Canabrava do Norte, totalizando a participação de vinte quatro policiais civis, e sete viaturas.
“O sucesso da ação que visa coibir tais práticas e identificar os principais autores desses crimes na região, foi possível pelo empenho de todos os policiais civis que participaram da operação. O trabalho de repressão é contínuo e vai prosseguir com a identificação e prisão de outros suspeitos”, destacou Gutemberg de Lucena Almeida.