Pai é suspeito de matar filho de 5 anos espancado em MT
Folhamax
A Polícia Civil investiga morte de menino de cinco anos provocada por espancamento onde a suspeita recai sobre o pai biológico. O menino Hugo Gabriel Augusto Gomes teve a morte confirmada por volta das 11h deste domingo (21), por equipe médica do Pronto-Socorro de Cuiabá. Havia sido hospitalizado no sábado (20), sob suspeita de trauma de crânio. A família mora no bairro Doutor Fábio 2.
Segundo familiares, a criança teria acordado por volta das 3h da madrugada e dito que caiu da cama e bateu a cabeça. Foi encaminhada para a Policlínica do Planalto, onde passou a convulsionar. Em seguida foi removida para o PS, onde o quadro se agravou, evoluindo para o óbito na manhã deste domingo.
Segundo o delegado Marcelo Jardim, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que esteve no hospital acompanhando a liberação do corpo, os médicos disseram que a vítima apresentava lesões internas, inclusive com laceração do fígado, reforçando a suspeita de agressão. O corpo foi encaminhado para necropsia, junto ao Instituto Médico Legal (IML).
Esta tarde o avô materno do menino foi ouvido pelo delegado, mas não soube informar mais detalhes, pois segundo ele, a avó é quem convivia com a filha e o neto. Comentou apenas que a mulher teria dito a ele, dias antes, que suspeitava que o menino estivesse sofrendo abusos sexuais, pois havia percebido secreções no ânus da criança.
Equipe da DHPP, no início da noite do domingo aguardava a chegada da mãe do menino, Kely Aparecida Gomes Oliveira, que teria passado mal após a confirmação da morte e foi sedada. Ela seria levada pela equipe de Conselheiros Tutelares de plantão para ser ouvida e dar maiores informações sobre o principal suspeito e qual seria o paradeiro dele.
Informações da equipe médica é que o homem estava no hospital pela manhã e desapareceu logo que o óbito da criança foi anunciado à família.
Inicialmente foi cogitado que o principal suspeito das agressões fosse padrasto da vítima. Mas no depoimento do avô ele disse que se tratava do pai biológico. Ele teria desaparecido logo depois de engravidar a mãe do menino. A criança inclusive foi registrada por outro homem. Só recentemente o suspeito voltou e a mãe do menino passou a conviver com ele, na mesma casa. Além de Hugo, teria outros dois filhos menores.
Inicialmente o caso passou a ser acompanhado por uma equipe do Conselho Tutelar, no sábado e depois, no domingo, outra assumiu o caso e também estava ouvindo a família.
A DHPP deve encaminhar ainda nesta segunda-feira (23) os depoimentos de familiares para a Delegacia de Defesa dos Direitos da Criança (Deddica). A Polícia vai apurar ainda se houve omissão por parte da mãe e de outros familiares que suspeitavam das agressões ao menino e não denunciaram, contribuído para sua morte.