Dois senadores de MT votam pela cassação de Dilma; um está indeciso
Folhamax
O Senado Federal inicia nesta quinta-feira a última fase do impeachment da presidente da República Dilma Rousseff (PT) afastada do cargo desde o dia 11 de maio após a maioria dos senadores votarem favoravelmente a instauração do processo aprovado no dia 17 de abril pela Câmara dos Deputados. A expectativa é que o julgamento seja concluído somente no dia 29.
De acordo com levantamento do jornal O Estado de S. Paulo, 43 senadores admitem publicamente que são favoráveis ao impeachment de Dilma Rousseff, o que a deixará inelegível pelos próximos oito anos e levará o país a efetivar Michel Temer (PMDB) na Presidência da República até o final de 2018. No total, são necessários 54 votos favoráveis.
Ao aceitar o processo de impeachment no dia 11 de maio, foram 55 votos favoráveis contra 22 contrários. A tendência é que até 64 dos 81 senadores votem favoravelmente ao impeachment, que exige 54 votos para ser concretizado.
Dos três senadores de Mato Grosso, José Aparecido dos Santos, o Cidinho (PP), que substitui Blairo Maggi atualmente ministro da Agricultura, José Medeiros (PSD) já admitem publicamente que votarão favorável ao impeachment. Cidinho cita que não acredita na recuperação política-econômica do país com o retorno de Dilma Rousseff à Presidência da República. “Não é uma questão pessoal, mas entendo que não há perspectiva alguma de retomada do crescimento econômico com o retorno do PT ao poder. A Dilma perdeu as condições de governar o país. Se voltar, será o caos”, explica.
Medeiros entende que existem provas concretas de que Dilma Rousseff cometeu crime de responsabilidade, apontado na peça acusatório do impeachment. “A presidente passou a contrair dívidas com bancos públicos e como em todo processo de impeachment, o debate gira em torno de responsabilidade. Priorizaram um projeto de partido e não de país, o que levou o país a entrar numa situação econômica muito grave”, disse.
O senador Welington Fagundes, votou favoravelmente ao acolhimento do impeachment no dia 11 de maio, mesmo exercendo a função de vice-líder do governo Dilma. No entanto, no placar apontado pelo site do Estadão aparece como indeciso.