Delegado nega envolvimento de políticos em morte de procuradores

Olhar Direto

O delegado da Polícia Judiciária Civil de Vila Rica, Gutemberg de Lucena Almeida, negou o envolvimento de políticos na morte de Saint’Clair Martins Souto, 78 anos, procurador aposentado do Distrito Federal, e seu filho Saint’Clair Martins Souto Filho, 38 anos, procurador do Estado do Rio de Janeiro. Segundo ele, as afirmações são falsas e quem as fizer poderá sofrer sanções legais.

Gutemberg disse, em respeito aos familiares das vítimas e zelando pela preservação da investigação policial, que não procede qualquer divulgação oficial a respeito de negociações, prazos, valores, formas de pagamento ou pessoas que possam ter negociado com o suspeito do homicídio, especialmente, envolvendo candidatos às eleições tanto de chapas majoritárias (prefeitos e vice-prefeitos), quanto proporcionais (vereadores).

Os procuradores foram assassinados no dia 9 de setembro, na sede da própria fazenda, na zona rural de Vila Rica. De acordo com o delegado, qualquer divulgação ou exploração político-eleitoreira sobre fatos investigados sujeitará os respectivos autores às sanções legais. Por conta disto, também foi informado que posicionamentos oficiais serão dados somente após as investigações terminarem.

O inquérito policial referente ao duplo homicídio e ocultação de cadáver será concluído no prazo legal da prisão temporária (30 dias) do autor, o gerente da fazenda, José Bonfim Alves Santana. Ele foi preso no dia 13 de setembro, no município de Colinas do Tocantins (TO), pela Polícia Civil daquele estado, e recambiado para Vila Rica.