Justiça barra pesquisa eleitoral por suspeita de fraude, mas candidato divulga dados

Folhamax

O juiz da 31ª Zona Eleitoral, Arom Olímpio Pereira, determinou nesta sexta-feira a suspensão da divulgação da pesquisa eleitoral realizada pelo instituto EPP Empresa de Pesquisa e Consultoria para a prefeitura de Querência por suspeita de fraudes e manipulação do resultado. A amostra foi realizada entre os dias 18 e 19 de setembro no município localizado no Vale do Araguaia.

A decisão atende representação do prefeito e candidato a reeleição, Gilmar Reinoldo Wentz (PMDB), da coligação “O trabalho continua”. Ele apontou irregularidades no registro da pesquisa, já que houve a omissão do contratante, valor e e origem dos recursos para realização do levantamento.

Em sua decisão, o magistrado explicou que o instituto goiano descumpriu a instrução do Tribunal Superior Eleitoral. “Existem fortes indícios de que a empresa que contratou o serviço foi a mesma que efetuou o pagamento pelo serviço”. assinalou.

Arom Olímpio Pereira também alerta que a pesquisa poderá influenciar no processo eleitoral. “A irregularidade apontada ensejará iminentes e irreparáveis danos a lisura do pleito”, assinala ao explicar que a liminar para suspensão da pesquisa “fortalece a igualdade entre os candidatos”.
O juiz ainda determinou uma multa diária de R$ 10 mil caso a pesquisa fosse divulgada. No entanto, o ex-prefeito Fernando Gorgen (PSB) divulgou os dados da amostra mesmo com a decisão judicial.

Aliás, Fernando Gorgen responde dezenas de processos na Justiça. Por exemplo, em 2015, a Justiça decretou o bloqueio dos seus bens em R$ 1 milhão por corrupção durante o período em que administrou a cidade.