Vítima de espancamento, professor perde memória e segue internado após quase 1 mês do crime

Olhar Direto

Vítima de um espancamento brutal, ocorrido há quase um mês, o professor de libras,Paulo Ricardo Campos, de 37, ainda se encontra em observação em um hospital de Barra do Garças. Sob os cuidados de médicos e familiares, ele, que é surdo, se recupera aos poucos das fraturas no rosto e ferimentos no pulmão, tentando ainda recobrar a memória, afetada pela violência da agressão. O crime ainda é investigado pela Polícia Civil de Aragarças GO, onde o professor foi encontrado.

Ao Olhar Direto, a madrasta da vítima, Marisa Dias Abreu conta que todos os esforços tem sido concentrados no bem estar de Paulo, que já abriu os olhos, mas não tem conseguido se comunicar. “Ele já está consciente mas não se lembra de nada, não reconhece as pessoas, não consegue passar nenhuma informação sobre o ocorrido. É como se tivesse começado tudo de novo.”

Ela também explica que situação está nas mãos da polícia do município vizinho e que ainda não há informações sobre o autor crime. “Nós ainda não procuramos tão a fundo porque no momento o foco das nossas atenções é a saúde dele. Passamos tudo que a gente sabia pra polícia, os rumores que ouvimos, uma chave de outra pessoa e um chinelo estranho que foram encontrados no carro. Mas até agora, ninguém entrou em contato com notícias. Ainda iremos atrás disso, mas na correria focamos nele.”

Na noite de 27 de setembro, Paulo foi sequestrado e levado para a cidade vizinha de Aragarças – GO, onde foi agredido, segundo informações preliminares, com pedradas e pauladas. Por volta de 2h, uma mulher ouviu seus gritos e o encontrou caído. Uma colega contou que, apesar de ser surdo, o professor conseguia oralizar algumas coisas e por isso conseguiu pedir socorro.

No atendimento foi constatado que o lado esquerdo do rosto da vítima apresentava diversas fraturas e houve traumatismo craniano. Além das lesões provenientes do espancamento, ele ainda apresentava um quadro de pneumonia e estava com uma infecção. “A situação ainda está grave, mas é estável. O pulmão vem melhorando devagar, por isso ele ainda está internado, em observação”, disse Marisa.

Paulo é ex-professor da Universidade Federal de Mato Grosso e à época do crime lecionava no Senac da cidade. Na noite anterior ao espancamento, ele teria relatado a uma amiga que iria dormir na casa de um amigo. Seu carro foi encontrado abandonado no na cidade mato-grossense, após uma colisão na traseira de um caminhão.