Justiça atende pedido do MPE e solta marido de pecuarista

A juíza Paula Tathiana Pinheiro, da 2ª Vara Peixoto de Azevedo, determinou a soltura do mecânico Márcio Ferreira Gonçalves. Ele estava preso desde o dia 22 de abril acusado de participação no ataque a uma residência que terminou com duas pessoas mortas em Peixoto de Azevedo. A decisão foi publicada nesta terça-feira (7).

 

Márcio é marido da pecuarista Inês Gemilaki, principal investigada no caso. Ela, o filho, Bruno Gemilaki Dal Poz, e o cunhado Eder Gonçalves Rodrigues, irmão de Márcio, seguem presos.

 

Ademais tem-se que o réu nem sequer foi denunciado pelo parquet, o que repisa a necessidade de revogação de sua custódia cautelar

Na decisão, a magistrada levou em consideração o fato de Márcio não ter sido denunciado pelo Ministério Público Estadual (MPE).

 

De acordo com o promotor de Justiça Álvaro Padilha de Oliveira, as investigações apontam que ele não participou das execuções. E o fato dele ter auxiliado na fuga foi excluído por ser parente dos autores do crime. Dessa forma, pediu a soltura do mecânico. 

 

“Compulsando os autos, não mais vislumbro a presença das hipóteses que justifiquem a manutenção da prisão preventiva do acusado Marcio Ferreira Goncalves, isto porque não há indício suficiente de autoria, essencial ao decreto da custódia cautelar, ex vi do artigo 312, caput, do CPP”, escreveu a juíza. 

 

“Ademais tem-se que o réu nem sequer foi denunciado pelo parquet, o que repisa a necessidade de revogação de sua custódia cautelar. Ante o exposto, com fundamento nos artigos 282, § 5º, 316, 319 e 321, todos do Código de Processo Penal, revogo a prisão preventiva de Marcio Ferreira Goncalves para conceder-lhe a liberdade provisória”, decidiu a magistrada.

 

Três denunciados

 

O MPE denunciou Inês, o filho e o cunhado por dois homicídios qualificados, por motivo fútil e recurso que dificultou a defesa das vítimas, e duas tentativas de homicídio qualificado.

 

Na denúncia, o promotor ainda  pediu que eles sejam condenados ao pagamento de uma indenização de quase R$ 2 milhões para familiares das vítimas e os sobreviventes do ataque.

 

O ataque ocorreu na tarde do dia 21 de abril e foi filmado por câmeras de segurança. Foram mortos os idosos Pilson Pereira da Silva, de 65 anos, e Rui Luiz Bogo, de 57.

 

Ficaram feridos o padre José Roberto Domingos, que levou um tiro na mão, e Enerci Afonso Lavall, alvo principal da família.

 

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