Vereadores batem boca: “Estou pronto para morrer ou matar”

Os vereadores Rogério Varanda (PSDB) e Marcrean Santos (MDB) protagonizaram um bate-boca durante a sessão na Câmara Municipal, na manhã desta terça-feira (7). Entre as acusações, está um suposto interesse por cargos na Prefeitura de Cuiabá e uma suposta agressão a um líder de bairro.

 

A briga teve início quando Varanda usou a fala para pedir “respeito” a Marcrean, sem detalhar o motivo da exigência (veja o vídeo abaixo).

 

“A situação não está fácil para nenhum de nós aqui. Se faltar com respeito estou pronto, prontinho, para guerra. Se tiver que morrer estou pronto para morrer, se tiver que matar, estou pronto. Venha, que estou fervendo”, disse o tucano. 

 

“Não quero ser mais chamado de ‘bobo da corte’. Quero respeito! Se não me respeitar, vamos começar a usar a tribuna e jogar tudo para o ar. E se isso acontecer, todo mundo vai perder, inclusive eu”, emendou.

 

Na sequência, Marcrean tentou minimizar as palavras de Varanda, mas sugeriu que o colega estaria irritado com uma possível indicação de cargos não atendida pelo prefeito Emanuel Pinheiro (MDB). O tucano é ex-correligionário de Emanuel, já que deixou o MDB na janela da Justiça Eleitoral para troca de partidos.

 

Se tiver que morrer estou pronto para morrer, se tiver que matar, estou pronto. Venha, que estou fervendo

“Se o problema do senhor é choradeira por cargo, vai lá no Emanuel Pinheiro. Não venha subir aqui, usar meu nome e fazer afronta. Esta Casa não é de brincadeira. O senhor sobe com palavras de revanchismo… Brincadeira tem hora e aqui não é lugar. Me respeita como sempre te respeitei”, disse Marcrean.

 

Agressão a líder de bairro

 

Novamente na tributa, Varanda negou que o motivo da irritação seja questões de cargos na Prefeitura, mas não explicou ao certo a razão das críticas. Ele citou que a rixa entre ambos começou em 2015, quando pediu a cassação de Marcrean por quebra de decoro, após uma briga e agressão do líder do bairro Renascer, José Carlos da Silva.

 

“Quando falo que não quero mais intriga com você é porque sabe que pedi a sua cassação quando bateu no presidente do bairro do Renascer”, disse Varanda.

 

“E tem mais: não fui pedir cargo para prefeito nenhum. Se tem alguém que tem cargo e vive pedindo é vossa excelência. Se tem pessoa que é lotada de cargo é você. Então respeita, eu não sou moleque”, acrescentou.

 

Marcrean afirmou que não lembrava mais do episódio de cassação e pediu para Varanda provar as acusações. A discussão entre os dois foi encerrada por ordem do presidente da Mesa no momento, o vereador Rodrigo de Arruda e Sá (PSDB).

 

À época, o processo de cassação contra Marcrean foi arquivado por falta de provas.

 

Veja o vídeo:

 

 

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