“O Legislativo não pode ajudar a destruir o país”, diz Blairo Maggi
O senador Blairo Maggi (PR) é um dos líderes nacionais que integram um bloco formado por parlamentares da base ou de oposição ao Governo da presidente Dilma Rousseff (PT), no Senado, e que se reuniram, nesta semana, na tentativa de formar um “pacto pela governabilidade do país”.
“O Legislativo não pode usar, neste momento, da fraqueza do Governo para destruir o País, tem que ter responsabilidade”
A ideia do grupo, de acordo com reportagem publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo, é se contrapor às propostas que causem impacto aos cofres públicos e que têm sido aprovadas nos últimos dias pela Câmara dos Deputados, as chamadas “pautas-bomba”.
“O Legislativo não pode usar, neste momento, da fraqueza do Governo para destruir o País, tem que ter responsabilidade”, afirmou Maggi à reportagem.
O republicano ainda sustentou que seus colegas de Senado precisam, em suas falas, passar tranquilidade para o País e para o mercado de que não vão compactuar com o que a Câmara está fazendo.
“Se querem colocar fogo no país, vão colocar lá, no tapete verde, naquele lado de lá, mas aqui nós temos que ser o bombeiro, nós devemos ser o bombeiro”, completou.
“Cordão de isolamento”
Ainda de acordo com reportagem do Estadão, um jantar foi promovido, nesta semana, pelo senador e empresário Tasso Jereissati (PSDB-CE) com a presença de integrantes da cúpula do seu partido e do PMDB.
Estavam presentes no encontro, os senadores Aécio Neves (PSDB-MG) e José Serra (PSDB-SP), o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), o líder do PMDB na Casa, Eunício Oliveira (CE), entre outras lideranças de situação e da oposição.
Na ocasião, teria sido acertado que os senadores criarão um “cordão de isolamento” para impedir a aprovação das chamadas “pautas-bomba” pelos deputados.
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Discurso
Em discurso no Plenário do Senado, no começo da tarde desta quinta-feira (6), Blairo Maggi conclamou o Senado Federal a ter responsabilidade e tranquilidade para dar ao país condições de enfrentar os graves problemas que ainda virão pela frente devido às crises política e econômica.
Para ele, o Senado deve contradizer o que a Câmara dos Deputados está fazendo, como a aprovação, na quarta-feira (5), de reajuste de salários da Advocacia-Geral da União.
Para o senador mato-grossense, os parlamentares não podem aprovar reajustes para agradar os servidores, sem levar em conta as dificuldades do país.
Maggi reconheceu a baixa popularidade da presidente Dilma Rousseff, mas observou que o Executivo precisa do apoio do Legislativo porque, sozinho, não conseguirá reverter a situação.
“Por isso, os senadores precisam levar tranquilidade aos brasileiros e ao mercado, garantindo que não pactuarão com o que está fazendo a Câmara”, afirmou.
Já a crise econômica, segundo Maggi, começou com a decisão do governo de suspender o pagamento de serviços contratados, como os do Programa Minha Casa, Minha Vida, o que provocou muitas demissões e dificuldades para as empresas.
O senador alertou ainda que as empresas brasileiras terão suas dificuldades agravadas se o país perder o chamado “grau de investimento”.
Com Agência Senado