CAC atira no próprio filho durante ao tentar manusear de arma de fogo em Ceilândia
Uma criança de 9 anos levou um tiro acidental no pé disparado pelo próprio pai que possui registro de Caçador, Atirador e Colecionador (CAC). O caso aconteceu enquanto o homem manuseava uma pistola nove milímetros na semana passada. A criança e o CAC estavam na casa de um parente, em Ceilândia, no momento do acidente.
Conforme a Polícia Civil (PC) do Distrito Federal, o homem saiu do trabalho na companhia dos dois filhos. Armado, ele resolveu passar na casa do irmão antes de ir ao clube de tiros para praticar.
Quando chegou ao local, ele sentou no sofá da sala. Porém, no momento em que descarregava o equipamento, ele disparou acidentalmente com a pistola, atingindo o filho que estava do outro lado do cômodo.
Ao ser atingida, a criança foi levada para um hospital particular, onde foi internada e submetida a uma cirurgia. Como a bala não atingiu nenhum órgão vital, ele não corre risco de morte. A polícia foi acionada por funcionários da unidade de saúde assim que o garoto deu entrada no hospital.
Apreensão
A arma do homem foi apreendida e enviada para perícia. Por falta de provas, o CAC foi liberado. Peritos do Instituto de Criminalística (IC) foram acionados para fazer a perícia no local onde ocorreu o disparo. A vítima deverá passar por exame de corpo de delito no Instituto Médico-Legal (IML), depois de receber alta hospitalar.
A 24ª Delegacia de Polícia, em Ceilândia, investiga o caso, já que o porte de arma para quem tem registro vale apenas no trânsito entre a residência registrada e o local de caça ou prática de tiro.
Aumento
O número de armas registradas por CACs aumentou de 26.315 para 122.648, entre 2018 e junho de 2022, na região militar que reúne o Distrito Federal, Goiás, Tocantins e o triângulo mineiro, conforme o Exército Brasileiro. Já em todo o país, o número triplicou, passando de mais de 350 mil armas para cerca de 1 milhão.
Os CAC’s podem adquirir de revólveres a fuzis de repetição. As pessoas que têm registro como atiradores, por exemplo, têm o direito de possuir até 60 armas, sendo 30 de uso restrito, como fuzis. Os caçadores podem ter até 15 armas com alto poder de fogo. Não há limite de armamento para colecionadores.