Ronaldo Caiado quer propor lei mais dura para estuprador
Por Aline Bouhid e Eduardo Marques
Na tarde desta quinta-feira,1º, o governador Ronaldo Caiado (União brasil), em visita à família de Luana, disse para imprensa que pretende propor uma lei para que a pessoa que tenha passagem por estupro, mesmo que esteja em liberdade, compareça na delegacia no prazo de 15 em 15 dias. “Precisamos ter o grau de indignação e dar atenção para isso. Como inibir esse tipo de fato”, afirmou.
Caiado disse ainda que já está pedindo à polícia um texto sugerindo a ele o projeto de lei. “Não se pode conviver e nem passar a mão na cabeça de um cidadão que tem um comportamento como esse. Precisamos tomar atitudes preventivas para que outras Luanas não sofram essa barbaridade que essa menina sofreu”, pontuou Caiado.
O governador explicou que o objetivo da matéria é acompanhar o comportamento dessas pessoas para evitar novos crimes. “Além da polícia, o objetivo é para que a comunidade possa também acompanhar o comportamento dessas pessoas na sociedade. Nós não podemos permitir o avanço da criminalidade em Goiás”. Caiado frisa que deve haver maior penalidade aos criminosos. “Não podemos conviver e passar a mão na cabeça de um cidadão que tem comportamento como esse”, pontua.
“Diante de tudo isso, eu tenho pensado desde o momento que recebi a notícia e agora eu acabei de expressar a necessidade de avançarmos na legislação, as pessoas que tenham passagem de estupro, esse cidadão, mesmo que amanhã a Justiça dê a eles liberdade, essa liberdade seja limitada. É isso que eu quero aprovar na Assembleia Legislativa de Goiás”, declarou, em entrevista após conversar com os pais de Luana.
Caiado disse que não se pode deixar a sociedade exposta a uma situação como esta, uma vez que, segundo ele, já havia uma denúncia contra Reidimar por ter estuprado uma pessoa no bairro.
“Não podemos imaginar que um crime bárbaro como esse, uma criança de 12 anos de idade, seja apenas uma pena que nós sabemos que esses psicopatas normalmente são reincidentes nos seus crimes”, acrescentou.
Durante a entrevista, o governador foi questionado sobre a constitucionalidade de uma lei com esse teor, já que esse tipo de normatização legal é privativa da União, do Congresso Nacional. Ele assim respondeu:
“Não dá tempo pra esperar o Congresso. Nós temos que tomar medidas que sejam protetivas à minha população do estado de Goiás. E acredito que o Congresso poderá, diante dessa iniciativa nossa, também fazer valer. Agora essa ordem aqui em Goiás, no momento que for aprovada, ela vai já entrar em vigor”.
Neste ano, o governador de Goiás também prestou solidariedade aos familiares dos dois irmãos que foram assassinados em Bonópolis, na região norte do estado. Naquela ocasião, a primeira-dama Gracinha Caiado esteve presente.