Veja o que a polícia sabe até agora sobre o desaparecimento e mortes da família no DF
Nesta sexta-feira, 20, a Polícia Civil do Distrito Federal depois de realizar novas buscas no cativeiro, decidiu encerrar definitivamente as investigações no local. Na tarde de hoje, cães farejadores do Corpo de Bombeiros do DF (CBMDF) chegaram a apoiar as buscas. Porém, como não encontraram novas pistas ou corpos acerca da chacina, a PCDF decidiu encerrar as buscas. A chave será devolvida ao dono do imóvel e a polícia só voltará caso receba nova pista relacionada ao local.
O crime que chocou o país começou a ser investigado após o desaparecimento da cabeleireira Elizamar da Silva, de 39 anos, e dos três filhos mais novos dela: Gabriel, 7, e Rafael e Rafaela, ambos de 6 anos. O sumiço foi no dia 12 de janeiro de 2023.
No dia seguinte, 13, a polícia encontrou o veículo dela carbonizado com quatro corpos às margens da GO-436, Km 69, entre Luziânia e Cristalina. Na quinta-feira, 19, a polícia confirmou que os corpos eram realmente da cabeleireira e os filhos dela.
Na madrugada da segunda-feira, 16, na BR-251, o carro do sogro de Elizamar, Marcos Antônio Lopes de Oliveira, também foi encontrado com dois corpos carbonizados dentro. Inicialmente, a polícia acreditava que o marido da cabeleireira, Thiago Gabriel Belchior de Oliveira, e o sogro dela, Marcos Antônio Lopes de Oliveira (pai de Thiago), seriam os mentores dos desaparecimentos e das mortes.
Essa hipótese foi levantada porque dois suspeitos presos, nessa semana, contaram à polícia que pai e filho teriam mandado matar a cabeleireira para ficar com o dinheiro da família. Mas ontem,19, a polícia confirmou que um corpo encontrado na quarta-feira, no cativeiro onde a família ficou, é do sogro da cabeleireira – uma reviravolta no caso. Thiago, no entanto, segue desaparecido.
De acordo com os investigadores, Horácio Carlos Ferreira Barbosa, de 49 anos, tinha R$ 40 mil na conta. Já Gideon Batista de Menezes, 55, tinha R$ 14 mil em espécie no momento da prisão. Ambos foram detidos na última terça-feira, 17. O terceiro preso é Fabrício Silva Canhedo, 34. A suspeita é de que os homens tenham matado a família para pegar parte do dinheiro das vítimas.
“Eles eram amigos próximos da família. Sabiam que alguns estavam com dinheiro na conta ou no bolso. Assim, acreditamos que mataram um por um”, disse o delegado-chefe da 6ª Delegacia de Polícia (Paranoá), Ricardo Viana, em entrevista ao portal Metrópoles.
A investigação aponta que os suspeitos sabiam que a cabeleireira estava com R$ 10 mil em dinheiro para investir no salão de beleza que mantinha na Asa Norte. Ela foi a primeira a desaparecer junto aos três filhos mais novos, no dia 12 de janeiro. Já Renata Juliene Belchior, 52, mãe de Thiago e sogra de Elizamar, tinha vendido um imóvel por R$ 400 mil.
Renata e a filha, Gabriela Belchior, 24, também estão desaparecidas. Uma suspeita é de que os corpos carbonizados no carro encontrado na segunda-feira sejam delas.
A Polícia Civil do Distrito Federal revelou que entraram na lista de desaparecidos também Claudia Regina Marques de Oliveira, que é ex-mulher do sogro de Elizamar, e a filha do casal, Ana Beatriz Marques de Oliveira. Segundo a polícia, elas também seriam uma “segunda família” de Marcos.
As 10 pessoas da família são:
A cabeleireira Elizamar Silva, 39 anos;
Os três filhos dela: os gêmeos Rafael e Rafaela, 6, e Gabriel, 7;
O marido de Elizamar, Thiago Gabriel Belchior, 30;
O sogro de Elizamar, Marcos Antônio Lopes de Oliveira, 54, que teve o corpo encontrado na quarta-feira;
A sogra de Elizamar, Renata Juliene Belchior, 52;
A cunhada de Elizamar, Gabriela Belchior, 24;
A ex-mulher de Marcos Antônio, Claudia Regina Marques de Oliveira;
A filha de Marcos e Regina, Ana Beatriz Marques de Oliveira.