Empresária de Goiânia está na mira da PF suspeita de financiar atos golpistas
Empresária de Goiânia é investigada pela Polícia Federal (PF) porque teria financiado atos golpistas em Brasília. As investigações apontam que ela pagou R$ 6,6 mil por semana por banheiros químicos instalados no acampamento montado no quartel-general do Exército, em Brasília, mas ela teria cessado o contato com o grupo depois das primeiras prisões dos vândalos golpistas do dia 8 de janeiro. As informações são do colunista do portal UOL, Aguirre Talento.
As investigações teriam descoberto que Kátia Aquino contratou uma empresa de Brasília para o fornecimento semanal de 50 banheiros químicos e uma tenda para os bolsonaristas acampados na porta do QG do Exército. O portal UOL garante que o documento, com data do dia 4 de novembro, prevê a renovação contratual automática por semana semana, sem prazo final para o fornecimento.
Segundo a publicação, Kátia Aquino, que tem uma empresa de produtos automotivos, exibe em suas redes sociais fotos no acampamento bolsonarista, publicações em favor do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), além de uma petição pelo impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
A PF investiga ainda outros quatro empresários. Além de Goiás, os financiadores seriam do Amapá, de Minas Gerais e do Distrito Federal. Eles teriam pago pela estrutura dos acampamentos, oferecendo alimentação, banheiros químicos e atendimento médico. A polícia ainda tem quebrado sigilos bancários de pessoas que apareceram como contratantes de ônibus. A missão é identificar financiadores ocultos.
Com a derrota das urnas, bolsonaristas montaram acampamentos na porta do QG do Exército e, para a Procuradoria-Geral da República (PGR), esses manifestantes teriam formado uma associação criminosa que insuflava as Forças Armadas para que fosse tomado o poder de forma antidemocrática.
Até o início de março, 689 pessoas que ficaram acampadas foram denunciadas por incitação ao crime, que tem pena prevista de três a seis meses. Outros 222 indivíduos estão sendo processados por terem destruído e invadido os prédios públicos na Praça dos Três Poderes, em 8 de janeiro.
A investigação da PF se deu depois de determinação de Alexandre de Moraes. Ele quer identificar quem são os responsáveis por financiar a estrutura dos acampamentos bolsonaristas, oferecendo tendas, banheiros químicos, barracas de alimentação gratuita, pontos de carregamento de celular etc.